Atualmente, os sistemas computacionais das empresas e demais instituições do mercado segurador já são capazes de gerar uma quantidade significativa de dados, afinal, estamos na era do big data. Assim, o desafio já não é ter acesso a esses dados, mas tratá-los de forma eficiente, extraindo informações relevantes que possam agregar valor ao negócio.
Atenta à questão, a CNseg lança a Comissão de Inteligência de Mercado, cujos trabalhos devem ter início ainda no primeiro trimestre de 2017. O prazo para as Federações associadas indicarem oito representantes do mercado para a Comissão, inclusive, terminou em 30 de novembro. Posteriormente, a CNseg indicará mais oito.
Mas apesar de a Comissão só estar sendo lançada agora, o tema já não é novo para a Confederação, um vez que faz parte do planejamento estratégico da CNseg e já vem sendo tratado por meio de um grupo de trabalho formado por profissionais da área de Inteligência de Mercado, nascido do êxito alcançado no I Encontro entre a Superintendência de Estudos e Projetos da CNseg e representantes de empresas associadas ao sistema confederativo, ocorrido em 22 de junho deste ano.
Tradicionalmente, o profissional de Inteligência de Mercado analisa os dados, informações, estatísticas para realizar análises qualitativas do mercado potencial, da concorrência, de nichos de mercado, de potencial de crescimento, entre outras. Além disso, calcula, dentro da carteira da empresa, como estão os índices financeiros e econômicos, comparando-os com os do mercado como um todo.
Estruturada, a Comissão de Inteligência de Mercado da CNseg pretende ser mais que apenas um órgão consultivo, trabalhando também com esses dados e gerando informações que sejam do interesse de todo o mercado segurador. A Comissão também pretende aprimorar as técnicas de análises estatísticas, além de identificar todos os bancos de dados passíveis de terem informações relevantes extraídas, como os da Susep, ANS, IBGE, etc. Ciente de que a revolução tecnológica pela qual o mundo atravessa traz fortes impactos no comportamento dos consumidores e em sua forma de demandar produtos e serviços, a nova Comissão terá ainda a missão de procurar antever tendências de consumo, contribuindo, assim, também, para a criação de eventuais novos produtos.
“Um dos primeiros passos em todo esse processo é o da identificação de dados e informações que precisam ser priorizados. As empresas já sabem basicamente o que querem conhecer e quais os seus calos. O problema é juntar todos esses dados e informações de empresas heterogêneas de forma a obter resultados que beneficiem a todos”, afirmou Juliana Tavares, da Superintendência de Projetos e Estudos da CNseg, coordenadora do processo de estruturação da Comissão.
E caso a Comissão siga os passos do Grupo de Trabalho, os três temas prioritários devem ser: projeções de arrecadação do mercado segurador; identificação de bases de dados que possam gerar estatísticas consistentes sobre lacunas de cobertura de seguro e potenciais de crescimento e penetração; e a comparação dos índices de eficiência das seguradoras, feito complicado até então devido à limitação de bases disponíveis pela Susep e das atuais metodologias de cálculo.
Além disso, os trabalhos da Comissão ainda têm muito a contribuir com o programa de Educação em Seguros da CNseg, à medida em que gerem informações para uma melhor compreensão do seguro por parte da população.
Fonte: CNseg