Pelo quarto ano consecutivo, a Polícia Rodoviária Federal registrou redução nos índices que medem a violência no trânsito em rodovias federais. A taxa de letalidade caiu 29% em comparação a 2010. No ano passado foram registrados 168.593 acidentes, que deixaram 100.396 pessoas feridas e levaram a 8.227 óbitos. Em relação ao ano de 2013, esses números representam uma queda de 15,3% na taxa de acidentes, 8,4% no índice de mortalidade e 9,2% no de feridos.
Como método para se definir índices relacionados ao trânsito, a PRF analisa os dados em relação à frota nacional, que tem aumentado a cada ano. Estatísticas apontam o crescimento de 136% da frota em onze anos, passando de 36,6 milhões em 2003 para 86,7 milhões de veículos em circulação no ano de 2014. Para que houvesse um maior controle dos índices da letalidade nas rodovias federais, ações em diversas frentes foram executadas e contribuíram para que reduções fossem registradas ano após ano. Investimento em tecnologias, como câmeras de videomonitoramento e radares mais modernos, aliado às análises estatísticas que identificam as características dos acidentes proporcionaram a otimização e maior eficiência do trabalho policial. Por outro lado, o endurecimento da legislação aumentou o rigor das punições e elevou o valor das multas para as infrações relacionadas às ações que podem resultar em acidente mais graves, se tornando um importante elemento na conscientização dos condutores. Em consonância com a missão de promover segurança com cidadania, os projetos de educação para o trânsito da PRF alcançaram mais de 600 mil pessoas no Brasil somente em 2014. Essas ações têm por objetivo provocar mudanças de atitudes em todos os usuários das rodovias, sejam pedestres, condutores ou passageiros, priorizando a segurança e a cidadania no trânsito.
Comportamento no trânsito
A maioria dos acidentes ainda é ligada ao comportamento humano. Das ocorrências que resultaram em mortes, as principais causas que puderam ser detectadas pelos policiais foram a falta de atenção (32%), a velocidade incompatível (20%) e ultrapassagens indevidas (12%). A colisão traseira é o tipo de acidente que mais acontece. É causada principalmente pela falta de atenção, por não se guardar distância de segurança e por se manter uma velocidade incompatível. Entretanto, o tipo de acidente que mais mata é a colisão frontal, causada, especialmente, pelas ultrapassagens forçadas ou em locais sem visibilidade. Embora a maioria dos acidentes ocorra em áreas urbanas, 70% das mortes foram em área rural, onde os motoristas abusam da velocidade e das ultrapassagens. Entre os mortos em acidentes de trânsito, os condutores de motociclistas são as principais vítimas, somando 1.748 óbitos somente nas rodovias federais. Considerando mais de 3 milhões de infrações flagradas pela PRF ao longo dos doze meses do ano, verificou-se que os condutores infratores não respeitam os limites de velocidade, fazem ultrapassagens proibidas, não usam o cinto de segurança e não cuidam de seus veículos. Os números comprovam que a fiscalização tem sido direcionada para as infrações que provocam ou intensificam a gravidade da maioria dos acidentes:
Ao longo dos 12 meses do ano, a PRF fiscalizou 7.263.051 pessoas e realizou 1.529.396 testes de alcoolemia, isso representa 174 testes realizados por hora. Como resultado 34.281 condutores foram multados por dirigir sob influência de álcool e 8.461 foram presos pelo crime de embriaguez ao volante.
Números absolutos
Em 2014, policiais rodoviários federais interceptaram 168,7 toneladas de maconha (117,6 em 2013), 7,8 toneladas de cocaína (5,9 em 2013) e 815 quilos de crack (1,9 tonelada em 2013). Armas e munições de diversos calibres foram apreendidas impedindo o abastecimento de criminosos e 24,5 mil pessoas foram presas.
Fonte: PRF