Do PC ao headset, especialista explica quais itens e em quais situações o seguro pode amenizar prejuízos de quem faz parte de um mercado em alta
O Brasil é top 5 no mundo em número de jogadores de games e top 10 em receitas de jogos – cuja esmagadora maioria vem de empresas estrangeiras, segundo levantamento recente da consultoria Newzoo, que monitora o segmento globalmente. A categoria movimentou US$ 2,7 bilhões em 2022 no país e a previsão é de chegar a US$ 3,5 bilhões em 2025.
Os números mostram que o universo gamer não para de crescer por aqui e os investimentos em equipamentos acompanham esse ritmo. Hoje, um setup completo (estrutura com computador, periféricos e outros itens que possibilitam jogar) pode variar de R$ 5 mil a R$ 120 mil, dependendo do nível de profissionalização.
Mas, o que acontece quando a cadeira gamer quebra ou o headset falha? É aí que entra o seguro gamer, que cobre desde os itens mais básicos, como teclado e mouse, até os mais caros, como computadores de alto desempenho e consoles, explica Odete Queirós, head de parcerias da seguradora Akad, no episódio desta quinta-feira (19) do Tá Seguro, videocast do InfoMoney que descomplica o universo dos seguros. O programa já está disponível no YouTube e nas principais plataformas de podcast.
Segundo Odete, a proteção vai além do comum. “O mercado de seguros tradicional costumava focar apenas em itens individuais, como o computador. Mas percebemos que, sem uma cadeira ou tela, por exemplo, o gamer também não consegue jogar”, diz.
Ao contratar esse seguro, é importante entender o que está coberto e o que não está. Quebras acidentais, furtos com arrombamento e danos involuntários geralmente são cobertos. Por outro lado, falhas mecânicas, desgaste natural e furto simples – quando não há sinais de invasão – costumam ficar de fora, esclarece a especialista.
Além das coberturas, o custo é um ponto de atenção. De acordo com Odete, a taxa anual costuma variar entre 0,5% e 1,5% do valor do equipamento segurado. Ou seja, um PC de R$ 10 mil pode ter um seguro anual de R$ 50 a R$ 150, por exemplo.
A especialista ressalta que fatores como amplitude da cobertura, franquia e ‘raridade‘ do equipamento podem influenciar o preço. “A franquia, que é a participação do segurado no valor da indenização, não é cobrada em roubos, mas em danos acidentes sim, gira em torno de 10% dos prejuízos, com o mínimo de R$ 200, podendo chegar a mais dependendo do equipamento”, acrescenta Odete.
Para garantir a reposição adequada, a recomendação é sempre ter as notas fiscais guardadas e verifique se o seguro cobre reposição a valor de novo ou depreciado, para evitar descobrir na hora do sinistro (ocorrência do risco previsto no contrato de seguro) que não terá o prejuízo totalmente coberto.
Fonte: InfoMoney