Com foco na diversificação e crescimento, a companhia compartilhou estratégias para fortalecer o mercado para esse segmento em 2025

A SOMPO, subsidiária da empresa responsável pelas operações de seguro e resseguro do Grupo Sompo Holdings fora do Japão, promoveu na última terça-feira, 10 de dezembro, um encontro estratégico em sua sede, em São Paulo, para debater as oportunidades e desafios do Seguro Responsabilidade Civil D&O (Directors and Officers). O evento teve como objetivo apresentar a evolução do mercado para esse produto no Brasil, bem como seus aspectos técnicos e as oportunidades e perspectivas de negócios para os corretores de seguros. Na ocasião, cerca de 80 corretores de seguros especializados compareceram presencialmente e foram recepcionados pelas equipes Técnica e Comercial da seguradora. Além disso, uma audiência online teve a oportunidade de acompanhar todas as apresentações, trocas e interações por meio de uma transmissão ao vivo.

O debate contou com a participação do time de Financial Lines & Casualty da SOMPO, incluindo Adaílton Dias, diretor-executivo de Produtos e Resseguros; Felipe Prado Ribeiro, diretor responsável pelas áreas de Produto Financial Lines & Responsabilidade Civil, RD Equipamentos e Produto Agricultura; Silvia Gadelha, superintendente de Financial Lines & Casualty; Ana Canovas, gerente de Financial Lines & Casualty e Eduardo Naoki Abe, analista especializado da área. Dinir Rocha, sócio da CAR – Costa, Albino & Rocha Advogados, foi o palestrante convidado para o evento. Ele abordou um panorama histórico da evolução do D&O no Brasil, conceitos, o panorama do mercado brasileiro, aspectos jurídicos, legislação e jurisprudência recentes; e as perspectivas de crescimento no mercado.

Durante o evento, Dinir Rocha destacou que o Seguro D&O, embora seja relativamente novo no Brasil – comercializado há menos de 20 anos – tem ganhado cada vez mais relevância. “O Seguro D&O é uma proteção cada vez mais essencial para executivos no Brasil, especialmente em um contexto no qual a responsabilização de gestores está sob constante escrutínio”, afirmou Rocha. Ele também trouxe à tona dados recentes da Superintendência de Seguros Privados (Susep), que revelam um panorama estável do segmento, embora a sinistralidade tenha registrado picos em períodos específicos, influenciada por situações como a Operação Lava Jato e a pandemia pelo Coronavírus. Ele também apontou que as indenizações relativas a processos tributários, reclamações sobre práticas trabalhistas e reivindicações de agências reguladoras estão entre as três causas mais usuais de indenizações no seguro D&O.

Rocha apontou que a conscientização sobre o produto ainda é um desafio. “É fundamental que todos no setor se dediquem a educar o mercado sobre as vantagens e a importância do D&O, considerando o impacto significativo que ele pode ter na proteção de executivos e empresas”, comentou. Ele também se referiu à nova lei de seguros que entrará em vigor em 2025, prevendo mudanças significativas no mercado e na forma como as seguradoras subscrevem riscos e regulam sinistros.

A SOMPO tem como objetivo expandir significativamente sua atuação no mercado de D&O. Felipe Ribeiro, diretor responsável pelas Linhas Financeiras da SOMPO, entre outros produtos, explicou que a empresa possui uma estratégia clara de diversificação de produtos, com um foco especial no seguro de D&O. “A SOMPO tem investido fortemente nessa linha de seguro e está comprometida em atender a demanda crescente de proteção para executivos e empresas”, afirmou Ribeiro. Ele também sublinhou a importância das parcerias com corretores, destacando que eles desempenham um papel crucial na comercialização do produto e na construção de soluções personalizadas.

Felipe ressaltou que, além do D&O, a SOMPO investe na expansão de outras linhas de seguros, como responsabilidade civil (RC), transporte, property, e agro, setores nos quais a empresa já é um player relevante. “O seguro de D&O é parte da nossa estratégia de crescimento, e os corretores têm sido fundamentais para garantir que nossa presença continue a crescer nesses mercados”, completou.

Fomentando a importância de encontros como esses evento, Silvia Gadelha, superintendente de Financial Lines & Casualty da SOMPO, falou sobre o objetivo de aproximar ainda mais os corretores da estratégia e planejamento da companhia. “É uma oportunidade para estreitar laços com nossos parceiros corretores e compartilhar as nossas perspectivas para o futuro, especialmente em relação a linha de seguros de D&O, que está se tornando uma peça-chave para a proteção no ambiente corporativo”, destacou.

Além disso, a SOMPO reforçou seu compromisso com a capacitação dos corretores e com a expansão do mercado de seguros. A estratégia de cross-selling foi apontada como uma ferramenta fundamental para aumentar a presença do D&O no mercado. Dinir Rocha mencionou que a fidelidade dos clientes é um ponto forte do setor, o que garante estabilidade para a carteira de seguros. “A estratégia de cross-selling é vital para aumentar a penetração do D&O no mercado, e a alta fidelidade dos clientes reforça a estabilidade dessa carteira”, concluiu.

Por fim, a companhia demonstrou a relevância da colaboração contínua com os corretores, considerados como principais parceiros de negócios. A SOMPO enxerga a integração com os corretores como essencial para o sucesso da estratégia de diversificação de produtos e para o crescimento do mercado de D&O no Brasil.

O encontro reforçou a posição da SOMPO no mercado de seguros, especialmente no segmento de D&O, e a empresa segue comprometida em investir e fortalecer sua presença, prestando todo o suporte para os corretores para superar os desafios e aproveitar as oportunidades que surgirão nesse segmento, que deve encontrar um panorama favorável à expansão por conta do ambiente de negócios e de novas normas e regulamentações que devem responsabilizar ainda mais os gestores de empresas. Outro aspecto é a reforma tributária, que vai fazer com que o Brasil conviva com dois regimes tributários vigentes por alguns anos em seu período de transição. E isso aumenta substancialmente o risco de executivos serem acionados juridicamente em causas tributárias.

Fonte: CQCS