Aretração do Mercado Global
O mercado global de seguros está passando por uma retração histórica, caracterizada por uma queda nas taxas e uma desaceleração nos novos negócios. De acordo com a matéria do portal Insurtech Digital, essa é uma das maiores reduções já registradas, afetando principalmente os seguros de propriedade e responsabilidade civil nos Estados Unidos e na Europa, além do seguro cibernético. Pela primeira vez desde 2017, as taxas globais de seguros comerciais caíram, registrando uma diminuição de 1% no terceiro trimestre de 2024, conforme o Global Insurance Market Index da Marsh. O setor imobiliário foi o mais impactado, com uma redução de 2% nas taxas, em contraste com o aumento de 3% observado no primeiro trimestre deste ano.
Instabilidade econômica e oscilações financeiras preocupam o setor
A instabilidade econômica e a pressão por redução de custos levaram a uma diminuição na demanda por novas apólices, um cenário agravado pela retração dos investimentos. Esse declínio aponta para uma retroversão no ciclo do mercado, influenciada pelo aumento da concorrência e avanços nas técnicas de modelagem de risco. A situação global preocupa o setor, que também sofre com a oscilação dos mercados financeiros e desafios regulatórios, especialmente na Europa.
Perspectivas promissoras no mercado de seguros no Brasil
Contrapondo o cenário internacional, o mercado de seguros no Brasil continua a crescer, sendo impulsionado por inovações que têm fortalecido o setor no país. Segundo dados da Susep, o setor registrou um aumento de 13,5% até agosto de 2024, devido à crescente demanda por seguros de vida, saúde e patrimoniais. Nesse período, o mercado supervisionado arrecadou R$288,06 bilhões, um aumento significativo em comparação ao mesmo período de 2023. Em termos de retorno à sociedade, foram pagos R$161 bilhões em indenizações, resgates, benefícios e sorteios. No segmento de seguros de danos e pessoas (excluindo o VGBL), a arrecadação alcançou R$135,87 bilhões, o que revela um crescimento de 10,42% em relação ao ano anterior.
Fatores que impulsionaram o crescimento brasileiro
As perspectivas para o mercado de seguros no Brasil são bastante otimistas. Conforme revisão da CNseg, estima-se um crescimento de até 11,8% para 2024. Esse cenário positivo é impulsionado por diversos fatores, como a conscientização crescente sobre a importância de seguros pessoais, os avanços tecnológicos e políticas públicas que facilitam o acesso a esses serviços. O setor brasileiro tem se beneficiado de incentivos e de um ambiente regulatório favorável ao crescimento. Além disso, a adaptação às novas necessidades dos consumidores, como seguros personalizados e produtos on-demand, tem acelerado a expansão do mercado. As seguradoras no Brasil estão investindo em tecnologia para oferecer serviços mais ágeis e sob medida, o que ajuda a atrair novos clientes e a manter a competitividade. Um elemento adicional é a ascensão das insurtechs, que estão modernizando o setor, atraindo investimentos e transformando desde o processo de contratação até a gestão de apólices, facilitando o acesso e aumentando a eficiência.
É preciso continuar inovando para que o setor continue em ascensão
Em um momento em que o mercado global de seguros enfrenta uma queda histórica, o setor no Brasil demonstra resiliência e perspectivas de crescimento. Enquanto seguradoras ao redor do mundo lidam com desafios como a redução nas taxas e a desaceleração econômica, o mercado brasileiro tem se destacado, impulsionado por inovações tecnológicas, políticas de incentivo e uma maior conscientização sobre a importância dos seguros. Com um ambiente regulatório favorável e a presença crescente de insurtechs, o setor no Brasil segue em expansão, oferecendo produtos mais ágeis e personalizados para atender às novas demandas dos consumidores. Essa combinação de fatores reforça o potencial do país no setor ao manter uma trajetória sustentável, mesmo em meio às constantes mudanças no mercado. Portanto, é preciso que as seguradoras e os líderes de seguro continuem inovando e aprimorando seus serviços para que o setor continue em ascensão nos próximos anos.
Fonte: Insurtalks
