Segundo pesquisa Fenaprevi/Data Folha, apenas 9% da população das regiões Norte e Nordeste possui seguro de vida, em comparação com a média nacional de 18%. Durante o Talk Show Semana do Seguro, promovido nesta quinta-feira (17) pelo Clube dos Seguradores da Bahia, Sincor-BA, SindSeg BA/SE/TO, CSP Bahia e Aconseg-NNE, especialistas do mercado abordaram os principais caminhos que devem ser traçados pelos corretores, único e principal canal de distribuição de seguros na sociedade, para solucionar esse gap de proteção.

Aproximadamente 75% da população brasileira depende exclusivamente do SUS. De acordo com Solon Barretto, vice-presidente comercial da Alba Seguradora, o corretor que atua no ramo de saúde até consegue oferecer produtos, mas existe um grande empecilho: grande parte das pessoas não conseguem comprar. Ou seja, o ritmo de contratação não acompanha o número de ofertas feitas. 

“O seguro de vida pode dar um suporte à saúde. A família que não consegue contratar um plano de saúde pode contratar o seguro de vida, que traz um assistência simultaneamente e telemedicina, por exemplo, o que permite mitigar riscos”, disse o executivo da Alba. “É fundamental levar o tripé: saúde, óbito e vida. E nunca se falou tanto em seguro de vida”, acrescentou Marileide Carvalho, superintendente de venda e pós-venda da SulAmérica.

Janaína Leal, gerente comercial da SulAmérica, apontou para as ações de conscientização mensais, a exemplo do mês de outubro, conhecido mundialmente como um mês marcado por iniciativas afirmativas relacionadas à prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama. A cada ano, aproximadamente 60 mil brasileiras são diagnosticadas com câncer de mama, segundo a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM). 

“A gente sabe o que acontece quando a pessoa recebe o diagnóstico de doença grave: muitas vezes a pessoa deixa de trabalhar e a renda diminui”, explicou a especialista. “A cobertura de doenças graves e DIT são extremamente importantes nesses momentos. E os corretores são peças fundamentais para despertar a necessidade de contratação desses produtos”, destacou.

De acordo com Marcelo Gurgel, CEO da Natuseg Corretora, o seguro de vida exige um trabalho de consultoria. Neste ponto, o corretor de seguros assume o compromisso ao explicar e guiar o cliente durante a contratação de outros seguros. Inclusive, segundo ele, o corretor pode incluir uma outra negociação, a exemplo do plano de saúde, vida e coberturas grandes. “É um conjunto, mas os corretores só oferecem uma proteção”.

Fonte: CQCS