Coberturas cobrem danos tanto no lançamento quanto ao longo da vida dos equipamentos em órbita
As seguradoras brasileiras arrecadaram, entre 2019 e 2023, mais de R$ 255 milhões com seguros para satélites, segundo dados da CNseg (Confederação Nacional das Seguradoras).
Ao todo, cinco satélites brasileiros que estão em órbita têm seguros, e há apólices (contratos) para os chamados nanosatélites, com peso entre 1 e 10 quilos.
O ano de maior arrecadação foi 2021, com R$ 146,3 milhões em prêmios (valores paggos pela cobertura contratada), cifra milhares de vezes superior à de 2019, de R$ 8,8 milhões. Naquele ano, o Brasil lançou o satélite Amazônia-1, o primeiro de observação da Terra que foi totalmente projetado, integrado, testado e operado pelo Brasil.
Como funciona?
Os seguros cobrem os danos ocorridos tanto no lançamento dos satélites quanto durante a vida em órbita. Neste último caso, as vigências são de 12 meses, com renovações anuais ao longo da vida útil dos equipamentos. Os satélites de comunicação, como grande parte dos brasileiros, têm vida útil de cerca de 15 anos.
De acordo com a CNseg, o alto risco envolvido faz com que as apólices em geral sejam cobertas por resseguros, com o compartilhamento dos riscos. Nos últimos cinco anos, não houve pagamento de indenizações nesta linha específica.
Ao oferecer cobertura para os ativos e infraestrutura espaciais, as seguradoras garantem que os investimentos da operação estejam protegidos contra possíveis perdas financeiras, diz Carlos Eduardo Polizio, coordenador da subcomissão de Seguros Aeronáuticos da Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg). “Isso proporciona um ambiente mais favorável para o desenvolvimento de projetos espaciais de longo prazo no Brasil, com mais confiança dos investidores”, explica.
Fonte: InfoMoney – Online