Montoro, da Porto: covid estimulou procura pelo plano de vida

O faturamento do setor de seguros cresceu 8% no ano passado, superando a inflação, que fechou em 4,6% pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), segundo dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep). Conforme o consultor-executivo da Porto, José Roberto Montoro, o resultado traz confiança, o que permite estimar crescimento exponencial até 2030.

Quanto aos que mais se destacaram em 2023, a Susep apontou o empresarial, com alta de 18,7%, residencial, com 14,9%, seguido de automóvel, com 9,4%, e vida, com avanço de 8,2%.

Para Montoro, a procura pelo plano de vida tem justificativa. “É muito em decorrência da pandemia, com tudo o que aconteceu no País. A importância do seguro na vida das pessoas está cada vez mais na cabeça dos consumidores que passam a entender sua necessidade enquanto instrumento de proteção familiar frente a tantos riscos da sociedade moderna”.

Outro fator que contribui para o aumento na procura por seguros é o mercado digital. Assim como há bancos digitais, as empresas de seguro têm investido nessa estratégia e estão oferecendo planos diferenciados.

“A comercialização de seguros via canais digitais veio para ficar na relação corretor-segurado-seguradoras, mas não excluindo o lado humano nessa etapa, a não ser em produtos e serviços muito específicos, tal como o seguro viagem”.

As redes sociais são outra ferramenta que passou a ser mais explorada pelas empresas do ramo, segundo Montoro.

Ele conta ainda que o seguro de saúde se adaptou às necessidades dos novos clientes e cresceu 2% no ano passado, em relação a 2022.

De acordo com a Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNSeg), o setor cresce em média 6% ao ano, entretanto, em 2023, a expansão foi de 8%, com expectativa de avanço ainda maior em 2024.

Com base no Plano de Desenvolvimento do Mercado de Seguros (PMDS), a CNSeg estima aumentar a parcela da população atendida em 20% pelos diversos produtos do mercado de seguros, previdência aberta, saúde suplementar e capitação.

Para o mercado de seguros, a previsão é de aumento de 10% na representatividade quanto ao Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil até 2030.

Fonte: A Tribuna Online – Santos