Pesquisas revelam crescimento do setor no Brasil e no mundo
A CNN publicou notícia que indicou o crescimento em números do setor de seguros no Brasil. Segundo dados revelados pela CNseg junto com a FenSeg e a FenaPrevi apontaram que 18% da população acima dos 18 possui seguro de vida. Já nos países desenvolvidos o percentual de adesão é significativamente maior. De acordo com o Ministério da Fazenda, nos Estados Unidos, segundo dados de associações públicas e privadas, 52% dos americanos têm seguro de vida. Ainda no que se refere aos EUA, o portal Insurance NewsNet revelou que as seguradoras de vida do país permanecem bem posicionadas diante das adversidades econômicas ou de mercado a curto prazo. Além disso, o portal afirmou que seguradoras de vida dos EUA têm fortes níveis de capital para continuar a gerir prudentemente os seus programas. A seguradora Moody’s demonstrou visão positiva e espera que os fortes níveis de capital operacional da empresa no final do ano de 2023 e em 2024 continuem aumentando. Percebendo a disparidade do cenário internacional em relação ao que se tem no Brasil, é preciso que as empresas considerem iniciativas direcionadas para a inovação do setor.
“Permanecer relevante no setor de seguros de vida exige inovação constante”
No evento ITC Europe Barcelona 2023 – Adriano de Matteis e Emmanuel Djengue, executivos do setor – se reuniram para discutir como as operadoras de seguros de vida podem permanecer relevantes em um setor que muda a todo instante. “Uma das maneiras pelas quais a companhia onde trabalho ajuda as operadoras a acelerar a inovação e ao mesmo tempo mitigar alguns dos riscos é utilizando uma metodologia de sprint disciplinada. São sessões curtas e focadas que reúnem um grupo diversificado de colaboradores para abordar alguns dos desafios mais difíceis do setor de seguros de vida. Nossa equipe também agrega valor ao setor e ajuda a impulsionar a inovação por meio de investimentos estratégicos, parcerias e experiência em desenvolvimento de produtos”, revelaram os executivos.
A colaboração é crucial para alavancar o setor
Adriano de Matteis e Emmanuel Djengue apontam que o foco da inovação na empresa se concentra nos parceiros e nos clientes, de forma que a colaboração e o trabalho das equipes busquem desenvolver projetos e estratégias específicas. “Este processo visa quebrar as barreiras existentes dentro das equipas ou organizações – muitas vezes barreiras que são desconhecidas até pelas próprias equipes – para ajudar a gerar um impacto imediato e real. Por exemplo, a equipe da RGA (empresa na qual Matteis trabalha) no Canadá fez parceria com a startup de front-end PolicyMe e uma seguradora canadense líder para projetar uma solução exclusiva de vendas de seguros de ponta a ponta. O processo de desenvolvimento e a solução inovadora criada mostraram realmente o poder da colaboração da indústria. “PolicyMe, um consultor digital de seguros de vida, oferece recomendações personalizadas de seguros de vida para clientes com base em diversas fontes de informação”.
Próxima fase de inovação do setor reside no poder da colaboração
Por fim, os executivos apontaram que o segredo para a próxima fase de inovação dos seguros reside no poder da colaboração. Uma vez que o seguro de vida tem um papel significativo a desempenhar no futuro da proteção, é importante encarar as mudanças e considerar práticas tecnológicas visando a evolução do setor e, consequentemente, a experiência do cliente.
Integração democratizada
O ecossistema se trata da integração de diversos canais em conjunto a fim de proporcionar uma experiência holística e mais dinâmica. O diretor geral da Accenture, Shay Alon afirma: “À medida que a integração se torna democratizada, proporciona outra forma para as seguradoras mitigarem o risco das mudanças tecnológicas resultantes da atividade de fusões e aquisições entre parceiros tecnológicos. Também ajuda as seguradoras a capitalizarem oportunidades de novas fontes de dados, bem como de novos parceiros de insurtechs emergentes e das capacidades que oferecem”.
Ecossistemas tecnológicos em prol do Seguro de Vida
Tendo em vista a capacidade integrativa do ecossistema, Alon também menciona o papel da colaboração entre setores, que pode resultar em novos ecossistemas que aproveitam tecnologias emergentes e insights baseados em dados para oferecer melhores resultados para as seguradoras e seus clientes. Ele cita a digitalização do atendimento ao cliente como um bom exemplo: “tenho visto soluções e melhores práticas intersetoriais que permitem às seguradoras acelerar e melhorar a conversão de cliente em agente de call center. Hoje, a genAI, que já foi uma tecnologia emergente, agora potencializa essa capacidade intersetorial”. Segundo ele, a experiência digital do cliente, a convergência de saúde e bem-estar, junto com análise avançada e personalização demonstra um ecossistema assertivo, que pode ajudar as seguradoras a acelerar a inovação nestas áreas-chave.
Insurtechs no segmento de Vida
O Finance Magnets apontou uma série de iniciativas que as insurtechs podem adotar para garantir maiores funcionalidades em seus produtos no que diz respeito ao seguro de vida. Segundo o portal, muitos clientes estão insatisfeitos com a forma tradicional de compra e o caráter complexo das apólices de seguro de vida. “As insurtechs estão agilizando o processo oferecendo inscrições online, eliminando a necessidade de exames médicos em alguns casos e proporcionando aos clientes cotações instantâneas e respostas às suas perguntas através de chatbots e outras ferramentas alimentadas por IA”. Além disso, revelou uma série de vantagens que as seguradoras podem se beneficiar, como o melhor gerenciamento de riscos, coberturas personalizadas e acessíveis e o aumento da satisfação do cliente
A evolução no setor é inevitável
Diante da conjuntura de mudanças que afeta o segmento de Vida na área de seguros, por disponibilizar – muitas vezes – apólices complicadas e serviços mais complexos, é importante que as seguradoras trabalhem para subverter essa ótica. É importante estruturar a mentalidade a longo prazo, identificando onde melhorar e como desenvolver estratégias que utilizem as ferramentas tecnológicas de maneira efetiva. Além disso, o desenvolvimento de práticas de integração como a viabilização de ecossistemas e medidas de colaboração pode ser uma boa ideia para começar a investir e potencializar o Seguro de Vida no país.
Fonte: Insurtalks