A Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) estima crescimento de 11,7% do setor segurador em 2024, levando em conta uma projeção de Produto Interno Bruto de 2,5%. Os dados do setor foram divulgados durante uma coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira, em São Paulo (SP).
Para Dyogo Oliveira, presidente da CNseg, mesmo diante do desenvolvimento do setor ainda é possível aprimorar ainda mais os resultados.
“O nosso maior desafio é aumentar a cobertura de segurados no Brasil. Por isso, temos colocado atenção e esforço, para fazer o benefício do seguro chegar a um número cada vez maior de pessoas”, explica.
O maior destaque para esta expansão é o segmento de Danos e Responsabilidades que deve subir 16,8%, enquanto a Capitalização 13%, a Cobertura de Pessoas (seguros de Vida e Planos de Previdência) 8,4%, e, para Saúde Suplementar, a projeção é de 11,9%. A entidade também estima que o setor segurador tenha uma participação de 6,2% no PIB nacional até o final do próximo ano, 0,1% a mais que o resultado observado em 2022.
Para 2024, há previsões otimistas para o setor Rural, com uma estimativa de aumento de 23,1%, superando em 18,1% a projeção para o restante de 2023. Automóvel e o Crédito e Garantia também seguem com taxas positivas de crescimento de 16,1% e 20,0%, respectivamente.
A expectativa para o fechamento do ano de 2023 é que o setor atinja um faturamento de R$ 663 bilhões, registrando um avanço de 10,4% em todos os segmentos, o maior da história do setor. Esse aumento representa uma elevação de 1% em relação à projeção divulgada em setembro deste ano. Com isso, serão dois anos consecutivos de crescimento a uma taxa de dois dígitos.
Mercado em 2023
Os desembolsos referentes a indenizações, despesas assistenciais, benefícios, resgates e sorteios atingiram a cifra de R$ 348,2 bilhões, 7% acima do valor devolvido à sociedade no mesmo período de 2022 (R$ 325,3 bilhões), incluindo Saúde, entre janeiro e setembro de 2023, últimos dados disponíveis.
Nesse intervalo de tempo, os produtos que se destacaram em termos de pagamentos foram Crédito e Garantia (82,2%), Responsabilidade Civil (40,9%) e os Planos Tradicionais (28,6%). Já em arrecadação, o setor totalizou 492,8 bilhões.
Nos nove primeiros meses, o setor de seguros apresentou uma arrecadação conjunta de R$ 492,8 bilhões, englobando seguros, saúde complementar, contribuições em previdência privada e faturamento de capitalização, refletindo um crescimento de 10,4% em relação ao mesmo período do ano anterior (R$ 446,5 bilhões).
Somente no terceiro trimestre de 2023, o setor de Saúde Suplementar avançou 16,1%, acumulando R$ 71,2 bilhões em contraprestações, totalizando aproximadamente 83 milhões de beneficiários.
Seguros que se destacaram
Em 2023, o seguro Crédito e Garantia foi destaque, com o pagamento de R$ 48 milhões em indenizações. mercado segurador do Amazonas experimentou alta nos pagamentos de indenizações, sem considerar Saúde Suplementar e VGBL, entre janeiro e setembro de 2023, na comparação com o mesmo período do ano passado. Segundo levantamento produzido pela Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), as seguradoras pagaram o total de R$ 439,6 milhões aos segurados, montante 11,1% superior a 2022.
No período, o seguro Crédito e Garantia foi destaque, com o pagamento de R$ 48 milhões em indenizações, aumento de 126,7%, seguido pelo Seguro de Pessoas, que congrega o Vida, Viagem e o Prestamista, com R$ 61,9 milhões (+49,8%), e o seguro Transportes com R$ 18,7 milhões (+ 34,7%).
No período, as seguradoras do Estado arrecadaram cerca de R$ 1,8 bilhão. O destaque ficou por conta do Crédito e Garantia, que experimentou um crescimento de 80,0%, alcançando R$ 88,1 milhões. Esse aumento foi impulsionado, principalmente, pelo seguro de Crédito, que alcançou R$ 67,4 milhões, representando um crescimento de 95,5%.
Fonte: A Crítica Online