A Conferência Hemisférica de Seguros, acontecida entre 24 e 26 de setembro, no Rio de Janeiro, foi um sucesso. A reunião ultrapassou todas as previsões e, com mais de 1,5 mil participantes, foi um show, com palestras focadas em temas específicos e outros generalistas, lotando os salões onde ocorreram.
Já na abertura dos trabalhos, o evento mostrou a que vinha. Entre as autoridades, o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Congresso Nacional, o ministro Luis Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), o governador do Estado do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), e o prefeito da cidade do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), dividiam o espaço com o presidente da Confederação Nacional das Seguradoras (Cnseg), Dyogo Oliveira, com o presidente da Federação Interamericana de Empresas de Seguros (Fides), Rodrigo Bedoya, e com o presidente da Federação Nacional dos Corretores de Seguros (Fenacor), Armando Vergílio.
Iniciando os trabalhos com uma palestra muito interessante do ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair, que foi mais direto do que se poderia esperar de um político, até o encerramento, no dia seguinte, com uma aula do Prêmio Nobel de Economia Paul Krugman, sobre os eventos climáticos e seus impactos na economia global e as consequências na atividade seguradora internacional, a Fides deu um banho de competência e colocou na mesa de discussões os principais temas que afetam o setor de seguros dos países que a compõem, basicamente os países latino-americanos, com a participação de outras nações, como os Estados Unidos e a Espanha.
O ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair, que foi mais direto do que se poderia esperar de um político
Para a reunião do Rio de Janeiro se inscreveram mais de 1,5 mil representantes, de 40 nações, entre eles, europeus que não fazem parte da Fides, mas que têm interesse nos rumos do seguro nos países latino-americanos, onde a atividade seguradora cresce em importância em função da globalização e dos novos desafios que ameaçam a humanidade.
São questões de uma tal dimensão que as soluções para elas unem, necessariamente, nações desenvolvidas e em desenvolvimento numa mesma cruzada, na busca de respostas para os graves problemas que se colocam diante de todos.
Entre os painéis da conferência merece destaque o que foi composto pelos ministros Ricardo Cueva e Hermam Benjamin, do Superior Tribunal de Justiça, e o superintendente da Superintendência de Seguros Privados (Susep), professor da USP Alessandro Octaviani. Nele foram abordados aspectos importantes sobre o funcionamento do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e suas consequências para o funcionamento e a solução de conflitos envolvendo o universo do seguro.
Eu poderia elencar mais um longo rol de painéis, tão relevantes quanto os comentados, mas não há espaço. Assim, vale lembrar as discussões sobre mudanças climáticas, revolução cibernética, distribuição de seguros, o papel do corretor de seguros, o peso político do setor, novas energias, impactos da guerra da Ucrânia e desaquecimento da economia chinesa etc.
Foi um evento dinâmico e altamente objetivo, que me leva a encerrar com os mais sinceros parabéns à equipe da Cnseg, que promoveu um congresso do mais alto nível internacional.
Fonte:Economia & Negócios – Estadão