Não é novidade que a inovação em seguros vem transformando o setor na sua melhor percepção. As principais iniciativas empreendidas pela indústria a respeito da tecnologia, impacta na distribuição dos produtos para a sociedade. Além de aprimorar a experiência do cliente em relação a oferta de produtos e serviços, existe a mudança no foco das companhias de seguros, quando é mencionada a mitigação para a prevenção de riscos e a redução de custos. As insurtechs, os agentes de inovação e as startups seguem crescendo e oferecendo serviços simples e acessíveis para a sociedade. De acordo com um levantamento realizado pela Digital Insurance Latam, houve um crescimento de 47% no mercado de insurtechs no Brasil, em um período de um ano, com 113 insurtechs atuando no país, em 2019. Essas empresas que atuam no mercado de seguros implementam esforços significativos, com base na inteligência de dados.

O uso de recursos como Data Science, Big Data ou Business Intelligence (BI), vem proporcionando melhorias ao processo de mapeamento de clientes, com objetivo de gerar novas oportunidades de negócios. Simone Macedo, sócia da AssegurouSegundo uma pesquisa realizada pela IBM, uma empresa americana de hardware e software, até 2024, 32% das marcas utilizarão inteligência de dados para compreender as percepções dos seus clientes, o que pode expandir o volume de vendas em 50%. A mesma empresa possui um estudo informando que a adoção global de Inteligência Artificial (IA) cresceu de forma constante em todo o mundo, com 41% das empresas no Brasil indicando que implementaram ativamente a tecnologia. Isso ressalta ainda mais que o crescimento da IA ââestar prestes a acelerar à medida que continua a amadurecer, tornando-se mais acessível e fácil de implementar. A Inteligência Artificial já faz parte do presente no Seguro Auto.

Simone Macedo, sócia da Assegurou, explica como a IA vai fazer parte do futuro. “A inteligência artificial tende a se expandir e evoluir no futuro. Com o contínuo desenvolvimento tecnológico, podemos esperar que a IA traga ainda mais benefícios e recursos inovadores para o seguro auto. A IA pode utilizar o aprendizado de máquina para prever riscos futuros com base em dados históricos e tendências. Isso permitiria que as seguradoras ajustassem suas políticas e estratégias de forma proativa, para mitigar riscos e melhorar sua eficiência operacional. As seguradoras poderiam analisar dados de uma variedade de fontes, como redes sociais e dados de dispositivos inteligentes no veículo, para criar apólices altamente personalizadas e que levem em conta o estilo de vida, preferências e comportamentos do motorista”. Alguns dos principais benefícios é a precificação mais justa e personalizada. As seguradoras com a IA, podem analisar uma ampla variedade de dados sobre o motorista e o veículo para calcular o risco associado a cada apólice de seguro.

Isso leva a uma precificação mais justa, onde os prêmios são definidos com base nas características específicas de cada segurado, em vez de depender apenas de fatores gerais, como faixa etária ou local de residência. O Incentivo à condução segura, uma vez que a utilização de dispositivos telemáticos e aplicativos de monitoramento, associados à IA, permitem que as seguradoras avaliem o comportamento de direção do segurado em tempo real. Ao analisar dados como velocidade, aceleração, frenagem e outros fatores, as seguradoras podem oferecer feedback ao motorista sobre sua condução e até mesmo recompensar práticas seguras com descontos nos prêmios. Esse recurso está presente não só no seguro auto, mas também no Seguro Bike. A Kakau Tech atua na criação de soluções fintechs e insurtechs, tendo a tecnologia como sua principal aliada. Henrique Volpi, CEO da Kakau, explica como essa modalidade está sendo impactada.

“A IA trabalha com modelos de riscos que acabam por avaliar o risco individual de pessoas e seus ativos. No segundo momento, na regulação e eventual indenização, outros modelos auxiliam no combate à fraude. Os modelos de machine learning da Kakau levam em relação ao histórico de cada assinante ao longo da história, para uma avaliação de risco e precificação distinta. Desta forma, o bom comportamento é premiado”. O que está em ascensão na tecnologia para o setor de seguros? O CQCS Insurtech & Innovation, considerado o maior evento de inovação em seguros da América Latina, recebeu grandes players internacionais durante as plenárias e das principais empresas que atuam no ecossistema da inovação, na Expoinsurtech. O evento aconteceu no mês de julho, no Pro Magno Centro de Eventos, em São Paulo e apresentou as principais tendências para o mercado de seguros. A transformação digital tem sido um agente fundamental na relação de todo o ecossistema de seguros.

É o que afirma Gustavo Dorea, fundador do CQCS Insurtech & Innovation. “Todo esse processo se desenvolve através das possibilidades infinitas de comunicação e de conexão. Hoje tem a inteligência artificial chegando no padrão do Chat GPT, tem os robôs que estão cada vez mais humanos e tem as pessoas, garantindo que esse processo faça sentido, porque a tecnologia sozinha, não vai a lugar nenhum. Nosso mundo de conexão está mais próximo, mais físico e todos os ganhos dessa possibilidade digital. Estamos realmente vivendo o “figital”, um novo momento do mundo, especialmente na indústria do seguro”. Eduardo Marcellini, CEO da STOAMuito se fala na transformação digital e no mercado de seguros, não é diferente. A cada dia surgem novas tecnologias e é necessário discutir como elas podem ser implementadas nos negócios, seja da seguradora, da corretora e até mesmo do parceiro comercial. Hoje muito se fala na digitalização da venda do seguro, no uso de inteligência artificial nos processos de subscrição de riscos, na melhoria no atendimento do cliente com o uso de chatbots inteligentes, dentre outras aplicações.

Porém, pouco se fala na profissionalização do corretor de seguros, que agora conta com um arsenal de ferramentas como o ChatGPT, que passa a ter toda informação relacionada aos seguros e os CRMs, que possibilitam um relacionamento mais próximo com os clientes. Para Eduardo Marcellini, CEO da STOA, é preciso contextualizar o papel da tecnologia para os negócios. “Muito se fala na transformação digital e no mercado de seguros, não é diferente. A cada dia surgem novas tecnologias e é necessário discutir como elas podem ser implementadas nos negócios, seja da seguradora, da corretora e até mesmo do parceiro comercial. Hoje muito se fala na digitalização da venda do seguro, no uso de inteligência artificial nos processos de subscrição de riscos, na melhoria no atendimento do cliente com o uso de chatbots inteligentes, dentre outras aplicações. Porém, pouco se fala na profissionalização do corretor de seguros, que agora conta com um arsenal de ferramentas como o ChatGPT, que passa a ter toda informação relacionada aos seguros e os CRMs, que possibilitam um relacionamento mais próximo com os clientes”.

Outra tendência quando citamos a tecnologia para o mercado segurador, está na experiência no desenvolvimento de soluções digitais personalizadas, onde gera a oportunidade de atender um segmento específico do mercado de seguros, que busca agilidade, conveniência e acesso simplificado aos serviços financeiros. Por meio de uma combinação única de tecnologia e bancarização, a empresa oferece soluções completas e inovadoras para seguradoras que desejam se destacar em um mercado cada vez mais competitivo. Alexandre Dominguez, CEO da Seguradora ALM, afirma que é possível desenvolver soluções digitais personalizadas, para atender a um segmento que busca um acesso simplificado aos serviços financeiros. “Com uma combinação única de tecnologia e bancarização, a empresa oferece soluções completas e inovadoras para seguradoras que desejam se destacar em um mercado cada vez mais competitivo. O sistema possui uma interface dinâmica com funcionalidades avançadas, como integração com sistemas de contratação, gestão de sinistros e acompanhamento de apólices, a solução permite que os usuários tenham total controle e transparência sobre suas apólices de seguros.” Percebemos também que a utilização de as utilizações de IOT (Internet das Coisas) e dos próprios smartphones, são as principais expectativas para 2023.

Isso fará com que a cobrança do prêmio (valor pago pelo segurado à seguradora) seja mais precisa para o item assegurado, trazendo maior economia para os segurados e mitigando o risco para as seguradoras. Nedyr Pimenta Filho, diretor de TI da Provider, afirma que quando o assunto são as tendências, é preciso planejar para implementar. “As tendências geram expectativa e, às vezes, muita entropia, uma vez que as empresas nem sempre estão prontas para este tipo de movimentação. Para ter a capacidade de se adaptar às novas tecnologias, é preciso criar uma arquitetura para este fim, a partir de uma cultura de mudança adequada. Ou seja, o planejamento é o que permitirá a tão almejada flexibilidade de adaptação ao que o mercado tem a oferecer”, concluiu.

 

Fonte: Revista Mundocoop Online