As seguradoras, cientes de seu papel de prover proteção à sociedade, estão desenvolvendo propostas relacionadas ao objetivo comum de expandir a proteção securitária e previdenciária a toda a população, por meio da oferta de produtos mais modernos e flexíveis, que se adequem às necessidades dos diversos perfis populacionais ao longo de toda a jornada de vida. Contudo, para se materializarem, tais propostas precisam do apoio dos Poderes Executivo e Legislativo. A avaliação é do presidente da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi), Edson Franco, para quem essa sinergia “é capaz de criar um ciclo virtuoso, em prol da sociedade e do desenvolvimento do país”.
Franco acentua que o Censo 2020 deixou claro que a população está vivendo mais, e, portanto, necessita poupar mais para conquistar maior proteção, por mais tempo. “Países desenvolvidos têm elevadas taxas de participação dos seguros e da previdência privada na economia, pois crescimento e proteção andam juntos. No Brasil, o setor segurador e previdenciário tem muito a contribuir com a sociedade e o país, fomentando o debate e despertando no trabalhador brasileiro a consciência da necessidade de planejar hoje a qualidade de vida que teremos no futuro”, acrescenta.
Para ele, a sinergia entre os setores público e privado será capaz de criar os meios necessários para que “alterações demográficas irreversíveis” sejam acompanhadas pelas condições indispensáveis para prover qualidade de vida aos idosos, permitindo acesso aos bens e serviços, inclusive relacionados à saúde, essenciais para prover o tão desejado bem-estar da população. “Os empregadores têm papel fundamental para o alcance desse objetivo, ajudando e estimulando seus colaboradores a, desde cedo, se planejarem para uma aposentadoria mais tranquila”, frisa o presidente da FenaPrevi, lembrando ainda que os planos de previdência privada empresariais “são desenvolvidos com esse intuito”.
Dessa forma, Edson Franco pontua que há um dever de casa a ser feito, no sentido de estimular os empresários a fazerem parte dessa iniciativa, auxiliando seus colaboradores a chegarem à melhor idade com a desejada estabilidade financeira.
Na visão dele, esse “dever de casa” passa, necessariamente, por dar a devida atenção ao papel das microempresas e empresas de pequeno porte, responsáveis por empregar, em 2021, 39% do total de trabalhadores formais. “Precisamos ter um olhar atento também para esse grande contingente de pessoas, cujo empregador não tem incentivo fiscal para a contratação de planos de previdência em benefício de seus colaboradores. Esses trabalhadores necessitam, igualmente, ter uma velhice com tranquilidade financeira”, alerta.
Fonte: CQCS