O caso Thais Medeiros de Oliveira, que ganhou grande repercussão nacional após cheirar pimenta e ser internada na UTI do Centro Estadual de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (Crer), em Goiânia, voltou à tona. Recentemente, a jovem, de 25 anos, recebeu alta hospitalar, após mais de 5 meses de internação. A volta para casa, no entanto, foi marcada por uma grande mudança familiar, onde tiveram que se adaptar à nova rotina já que Thais necessita de cuidados especiais, após desenvolver uma lesão irreversível no cérebro. Nesse caso, existe algum seguro que poderia fazer essa cobertura? André Rezende, Head de Treinamento da Azos e especialista em seguro de vida responde.
Com alta, a família criou uma vaquinha, e conseguiu arrecadar R$172 mil para fazer as adaptações na casa. Thais tem duas filhas, e devido ao acontecimento, a mãe dela teve que deixar o salão em que trabalhava, enquanto seu padrasto, que é comerciante, fechou a loja para cuidar das crianças. Mas, afinal, há seguro para quem cheira pimenta e, como consequência, desenvolve lesão irreversível no cérebro?
De acordo com André Rezende, em publicação em seu Instagram, esse seguro seria inserido como acidente. “Tecnicamente falando, esse tipo de seguro para as seguradoras, seria enquadrado como acidente porque ela cheirou, inalou, foi de fora para dentro, e nós temos uma cobertura em vida que se chama invalidez permanente, parcial ou total, por acidente. E dentro da total existe uma situação que se chama alienação mental total incurável”, destacou.
O especialista também comentou de qual forma poderia ser feita a comprovação para o recebimento do valor da apólice. “De acordo com o laudo médico, exames do médico que a assistiu, inclusive na UTI também que ela passou um tempo, se tiver comprovado, se ela tivesse seguro, poderia ter recebido um capital segurado super relevante, e com um valor baixo de parcela, porque essas coberturas, caro e barato é relativo, mas não é uma cobertura cara”, pontuou.
Ainda, de acordo com Rezende, a quantia recebida, poderia ser maior que a arrecadada pela família na vaquinha. “Ela poderia, inclusive, ter muito mais que R$172 mil reais para poder fazer as adaptações na casa, ajudar a mãe que teve que sair do salão, as pessoas que tiveram que parar de trabalhar para ajudar as filhas, e certamente, ela poderia ter uma recuperação muito mais digna, tranquila, financeiramente falando”, finalizou.
Fonte: CQCS