Agenda Institucional do Mercado Segurador contribui para levar o seguro ao seu lugar de destaque na sociedade brasileira. Criação de um seguro social de catástrofe, ampliação do seguro rural, uso do seguro ambiental e avanço do seguro de garantia são destacados pelo presidente da CNseg dentro da Agenda 2025

 

Desde que assumiu a presidência da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), Dyogo Oliveira tem seguido firme no propósito de trabalhar a percepção da importância da indústria securitária. Aproximar o mercado da sociedade e também dos parlamentares brasileiros para que entendam que o seguro é uma ferramenta que pode ser usada como aliada no desenvolvimento de todas as atividades é uma ação constante.

 

O quórum de representantes do legislativo e executivo presentes ao lançamento da 3ª edição da Agenda Institucional do Mercado Segurador, no Brasilia Palace, em Brasília (DF), em 23 de abril, é uma demonstração clara de que a estratégia tem dado certo.

 

Com a apresentação da agenda, o mercado de seguros torna pública a sua prioridade de trabalho. “Historicamente, o setor de seguros foi um setor muito autocentrado e preocupado em pagar o sinistro ao cliente e ficava recluso ao seu dever fiduciário. De uns anos para cá, temos feito um trabalho de relacionamento e divulgação. O setor tem uma contribuição muito importante para o desenvolvimento do País”, descreve.

 

Marcos Pinto, secretário de Reformas Econômicas do Ministério da Fazenda, destacou o crescimento do mercado de seguros nos últimos anos, definindo-o como impressionante na economia brasileira. “Mas ainda está aquém das nossas expectativas e das nossas ambições. É um setor relevantíssimo para apoiar as famílias e empresas nos momentos difíceis, além de ser fonte de poupança que pode financiar investimentos no País”.

 

Alessandro Octaviani, superintendente da Susep, lembrou que o assunto seguro é algo de interesse nacional, pois é estratégico para o Brasil como um todo. “A Susep está muito em linha com as prioridades estratégicas do seguro rural. O Brasil é o país mais megabiodiverso do mundo. Certamente o seguro rural e o ecossistema normativo para tratarmos das catástrofes climáticas que virão são um ponto estratégico”.

 

Crédito: Divulgação CNseg

 

Participação no saúde

 

“O setor de seguros é gigantesco, que movimenta o País. A saúde suplementar é um dos meandros do setor de seguros. Com 52 milhões de beneficiários, o setor é heterogêneo por si só, começando pelas diversas modalidades de empresas que trabalham com planos de saúde. As seguradoras especializadas em saúde representam uma parcela importante desses 52 milhões de beneficiários”, enalteceu Carla de Figueiredo Soares, diretora-presidente interina da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

 

Segundo ela, é importante observar a produção e entrega de serviços do setor para a sociedade. “Atualmente, são quase 2 bilhões de procedimentos”.

 

Novos integrantes

 

O deputado federal Hugo Leal (PSD/RJ) reconheceu o esforço para a aprovação de projetos do mercado de seguros, como a lei complementar número 213/2025, mas ponderou que os projetos demandam atenção. “Sou um entusiasta do cooperativismo, mas temos que nos preocupar com que tipo de mercado estamos expandindo, inclusive com entidades que se apresentam como órgão segurador, mas não são. Isso é motivo de preocupação. É preciso respeitar o que o mercado tem para nos oferecer”.

 

Destaques da Agenda 2025

 

O presidente da CNseg citou quatro temas relevantes da Agenda Institucional da CNseg para 2025. São elas a criação de um seguro social de catástrofe, ampliação do seguro rural, uso do seguro ambiental e avanço do seguro de garantia. “No Brasil, só o governo federal tem 8 mil obras paralisadas, em grande medida pela falta de uma boa análise do projeto e da capacidade das empresas, algo que o seguro garantia pode trazer”.

 

Para o senador Eduardo Gomes (PL/TO), o seguro catástrofe tem de ser discutido de maneira madura e o problema enfrentado. “Os eventos climáticos estão cada dia mais presentes e evidentes. Vamos ter que buscar e cruzar financiamentos para as mudanças econômicas que melhorem a economia e a vida das pessoas”.

 

“O maior problema do seguro agrícola no Brasil é o risco climático. Por isso, o seguro social de catástrofe é importante. Não podemos nos permitir viver com sequências de enchentes, alagamentos, deslizamentos de terra sem ter ferramenta para usar”, descreveu Oliveira.

 

“O seguro tem muito a crescer, com apoio do governo e do órgão regulador. Não tenham medo de se arriscar e de se tornarem com a dimensão que vocês merecem”, concluiu o senador.

 

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Fonte: Portal Revista Cobertura