De acordo com o site O GLOBO, na última sexta-feira (07), em Itapema (SC), um menino de 9 anos colidiu um Porsche 911, avaliado em R$ 1 milhão, que não possuía seguro. O acidente foi capturado por câmeras de segurança do condomínio onde tanto a criança quanto o proprietário do veículo, um vizinho, residem. O carro estava destravado na garagem do prédio, permitindo que o menino acessasse o banco do motorista e engatasse a marcha à ré. Um especialista consultado pelo CQCS analisou possíveis implicações relacionadas ao seguro.

Não houve feridos no acidente. Segundo jornais locais, dois dias antes, o proprietário do veículo havia mostrado seu interior à criança. O Porsche sofreu danos no para-choque traseiro, porém os airbags não foram acionados e o motor permaneceu intacto. Além disso, de acordo com as mesmas fontes, o carro não possuía seguro.

Em entrevista ao CQCS, o presidente do Sincor-PE, Carlos Valle, afirmou que, diante de um acidente como o ocorrido em Itapema (SC), a primeira pergunta que surge é sobre a cobertura do seguro. Segundo ele, não há razões para a negativa. “No caso mencionado, o proprietário do veículo não agravou o risco. Se o carro tivesse seguro, ele estaria coberto, pois houve uma colisão. É importante ressaltar que ninguém entregou a chave do carro para o garoto, e o menino não furtou o veículo. No máximo, isso pode ser considerado um furto de uso, ou seja, o menor pegou o carro sem permissão, mas não se configura como crime. A criança não tem a intenção de cometer um ato ilícito, e a chave do carro não deve ser escondida como se fosse uma arma. São objetos que ficam naturalmente guardados dentro do veículo”, explicou.

Quando se trata de veículos de alto valor, a escolha do seguro adequado é uma consideração essencial para garantir a proteção do investimento. Carlos Valle ressalta que no Brasil já existem seguradoras que oferecem opções de proteção para este tipo de veículo. “Embora nem todas as seguradoras ofereçam cobertura para carros de luxo ou esportivos, o mercado brasileiro já conta com opções que atendem a esse segmento específico. Esses veículos, frequentemente considerados itens de luxo, requerem um seguro especializado, que não apenas leva em conta o valor de mercado, mas também fatores adicionais como os custos elevados de manutenção, reposição de peças e a maior probabilidade de danos em caso de acidentes”, concluiu.

Fonte: CQCS