Em 2024, as seguradoras pagaram R$ 800 milhões em indenizações para cobrir sinistros em equipamentos e garantir a sustentabilidade no campo
O uso de máquinas agrícolas desempenha um papel essencial em todas as etapas da produção, desde o plantio até a colheita, passando por operações de pulverização e fertilização. Por esse motivo, falhas inesperadas nesses equipamentos podem comprometer significativamente a eficiência das atividades no campo e impactar o cronograma da safra. Nos meses de janeiro e fevereiro, por exemplo, a paralisação de uma colheitadeira ou trator pode atrasar a retirada da soja, expondo os grãos às variações climáticas por mais tempo e afetando sua qualidade.
Nesse cenário, o Seguro Benfeitoria tem sido um aliado estratégico, assegurando a estabilidade financeira do produtor e minimizando riscos em um dos momentos mais críticos da safra. De acordo com levantamento da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), entre janeiro e novembro de 2024, o produto registrou um crescimento expressivo no pagamento de indenizações, superando a marca de R$ 800 milhões, um avanço de 27,2% em relação ao ano anterior. Em um período de cinco anos, considerando os 11 meses fechados de cada ano, o produto já pagou mais de R$ 2,6 bilhões em indenizações.
A contratação deste seguro pelos produtores rurais se torna ainda mais relevante diante das perspectivas otimistas para a colheita da safra 2024/2025. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a estimativa é de uma produção recorde de 322,3 milhões de toneladas na safra 2024/25, um crescimento de 8,2% em relação à safra anterior. Esse avanço reflete não somente as condições climáticas favoráveis, mas também os investimentos dos produtores em tecnologia, que permitiram recuperar atrasos no plantio e otimizar a produtividade.
A cobertura do Seguro Benfeitoria inclui colheitadeiras, tratores, pulverizadores, plantadeiras e equipamentos fixos, como silos, armazéns e aviários. Mesmo sem a inclusão dessas máquinas no Programa de Subvenção ao Prêmio, monitorado pelo governo federal, o setor de seguros demonstra um crescimento notável.
Para Daniel Nascimento, vice-presidente da Comissão decda FenSeg, esse avanço demonstra a crescente conscientização do produtor sobre a importância da proteção de seus bens. “O Seguro Benfeitoria é uma proteção imprescindível para quem trabalha no campo. O produtor rural está cada vez mais atento à necessidade de mitigar riscos e garantir a continuidade da produção, principalmente em um cenário de volatilidade climática e de custos operacionais elevados”, destaca Nascimento.
Fonte: Seguro Rural Brasil