Um dos segmentos que mais pode contribuir para esse avanço no crescimento é o Seguro Garantia

 

O setor de seguros no País espera um crescimento de pouco mais de 10% no decorrer de 2025, consolidando uma participação de 6,4% do Produto Interno Bruto (PIB), segundo dados divulgados pela Confederação Nacional das Seguradoras (CNSeg). O avanço está diretamente ligado à retomada de investimentos em infraestrutura, concessões e grandes projetos, além de mudanças regulatórias que favorecem o setor.

 

De acordo com o diretor Comercial da FINN Seguros, Irwin Rafael, um dos segmentos que mais irão contribuir para esse avanço é o Seguro Garantia. “Com a retomada de grandes obras e projetos estruturais, a necessidade de garantias contratuais cresce, impulsionando a demanda por esse tipo de cobertura”, explica.

 

Além disso, ele reforça que, no campo das garantias judiciais, a recente publicação da Portaria da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) nº 2044, de 30 de dezembro de 2024, alterou a regulamentação sobre o oferecimento e a aceitação do seguro garantia no âmbito da PGFN, o que tende a ampliar sua adoção.

 

De acordo com o diretor, outro segmento promissor no setor é o Seguro de Crédito, que se torna essencial diante do cenário econômico desafiador, oferecendo proteção contra inadimplência e garantindo maior previsibilidade financeira para as empresas.

 

Já o Seguro Cibernético ganha protagonismo à medida que os ataques digitais se tornam mais frequentes e sofisticados, exigindo coberturas especializadas para mitigar riscos financeiros e operacionais associados a violações de dados e fraudes eletrônicas.

 

“Estamos cada vez mais otimizando nossa plataforma para tornar a contratação e gestão de apólices mais eficientes, promovendo uma experiência transparente e descomplicada para nossos clientes”, afirma.

 

Setor de seguros ainda terá desafios pela frente

 

Irwin Rafael, Diretor Comercial da FINN Seguros Foto: Divulgação FINN Seguros

 

Mesmo com as projeções otimistas, alguns desafios ainda precisam ser superados para garantir a sustentabilidade do crescimento no setor de seguros. Um dos principais entraves é a digitalização e automação de processos.

 

“Embora soluções digitais como plataformas integradas via API sejam um caminho promissor, sua adoção exige investimentos contínuos em tecnologia e uma mudança cultural no mercado”, avalia Irwin Rafael.

 

Outro fator determinante é a regulamentação. A recente sanção do Novo Marco Legal de Seguros (Lei 15.040/2024) representa um avanço significativo, trazendo maior segurança jurídica para seguradoras e corretoras.

 

No entanto, a implementação efetiva dessa legislação exigirá um período de adaptação para que as empresas do setor se ajustem às novas regras e possam estruturar produtos mais alinhados às necessidades do mercado.

 

Para o proprietário da BH Minas Corretora, André Hosken, o crescimento estimado para a empresa pode ser até maior, incrementado pela conscientização das pessoas sobre a importância do seguro no dia a dia.  

 

“Ano passado a corretora cresceu 12,89% e a nossa expectativa é crescer esse ano 25%. Em 2024  tivemos algumas intercorrências internas, que fizeram com que o nosso faturamento não fosse atingido da forma esperada. Mas para 2025 acredito que alcançaremos o crescimento estimado para o faturamento”, projeta.

 

Segundo ele, o mercado de seguros ainda é pouco trabalhado e tem muito a ser desenvolvido. “Cada dia que passa as pessoas estão se conscientizando mais sobre a importância de segurar o seu patrimônio, seja ele qual for. Com o aumento do índice de roubos e furtos, especificamente aqui em Belo Horizonte, as pessoas estão buscando mais cobertura”, explica.

 

O empresário destaca a importância das pessoas para o negócio, salientando que apenas 8% delas possuem um seguro de vida contratado por conta própria. “20% das pessoas no Brasil possuem algum tipo de seguro de vida contratado por conta das empresas nas quais trabalham, as quais muitas das vezes são obrigadas a contratar um seguro de vida de acordo com a convenção coletiva. Mas, de fato, as pessoas não possuem a correta noção da importância do seguro de vida, que talvez seja o seguro mais importante que a pessoa tem que se preocupar”, afirma.

 

Veja os dados do setor de seguros em Minas Gerais

 

Arrecadação: de janeiro a novembro de 2024 foram arrecadados R$ 34 bilhões, alta de 13,5%.

 

Indenizações: de janeiro a novembro de 2024 foram pagos R$ 9,2 bilhões, alta de 27,5%.

 

Produtos destaques na arrecadação (Valor absoluto): automóvel (R$ 4,6 bilhões), capitalização(R$ 2,7 bilhões) e vida (R$ 2,3 bilhões)

 

Informações do Sindicato das Empresas de Seguros Privados, de Resseguros e de Capitalização dos Estados de Minas Gerais, de Goiás, do Mato Grosso e do Distrito Federal (SindSeg MG/GO/MT/DF)

 

Fonte: Diário do Comércio Online | Economia e negócios