O seguro não deve ser visto apenas como um produto de proteção financeira, mas também como um segmento que, a partir de sua especialização em gestão de riscos, pode induzir melhores práticas em seus clientes e fornecedores, do ponto de vista da sustentabilidade. A afirmação foi feita pelo diretor Técnico da CNseg, Alexandre Leal, durante o webinar realizado pela entidade nesta terça-feira (28) com o objetivo de discutir a taxonomia sustentável.
Leal destacou ainda que o setor, tendo em vista ser um dos maiores investidores institucionais, detém, atualmente, algo em torno de R$ 1,8 trilhão em ativos garantidores. Para o diretor da CNseg, parte desses recursos pode ser direcionada para atividades sustentáveis.
Contudo, ele ressaltou que o volume de recursos destinados para esse fim acompanhará o comportamento das taxas de juros.
Nesse contexto, Leal deixou claro que, quanto mais alta a Selic, os investimentos das seguradoras tendem a permanecer nas atuais aplicações de renda fixa, exigindo prêmios maiores dos investimentos verdes para atrair alocações.
Por sua vez, a diretora da Susep, Jéssica Bastos, revelou que a autarquia trabalha para integrar as reflexões sobre sustentabilidade em suas ações, incluindo o grupo de trabalho chamado “Seguros de Transformação Ecológica”.
Na visão dela, o setor de seguros, por ser acessório à economia real, tem um papel crucial a desempenhar na indução de práticas sustentáveis e na gestão de riscos ambientais.
Fonte: CQCS