Na madrugada de 30 de novembro, um motorista invadiu a loja “Ao Gosto”, casa de carnes nobres, na região Oeste de Belo Horizonte (MG). De acordo com informações da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), o condutor do veículo apresentava sinais de embriaguez. Diante desse caso, o CQCS conversou com Dorival Alves de Sousa, diretor do Sincor-DF, sobre a importância do seguro de automóvel e empresarial, as coberturas que podem ser acionadas e o papel do corretor na oferta dos seguros aos clientes.
Andressa Fernandes, gerente da unidade, afirmou, ao portal O Tempo, que o prejuízo foi calculado em cerca de um milhão e o estabelecimento não tinha seguro. “Isso é uma falha grave. Além disso, é uma atitude irresponsável. Agora, o empresário está enfrentando o impacto de um veículo ter causado danos enormes à loja, mas poderia ter sido ainda pior: se, em vez do acidente, a loja tivesse sido consumida por um incêndio, ele estaria igualmente desamparado”, comenta Dorival.
O especialista ainda ressaltou que o seguro empresarial é essencial e mais barato do que um seguro para carro. No entanto, a seguradora avalia alguns fatores, como o tipo de atividade comercial; o local onde o estabelecimento está situado e o tipo de construção. “Com base nesse conjunto de informações, a seguradora define o custo do seguro, aplicando uma taxa sobre o valor que será segurado”, explica o diretor do Sincor-DF.
Além do estabelecimento, o veículo também sofreu danos. “Se o proprietário do veículo tivesse contratado um seguro de automóvel, e isso fosse feito corretamente, dependendo do laudo pericial e das avaliações da seguradora, o carro poderia ser reparado. O veículo sofreu danos grandes, talvez até uma perda total, e isso poderia ser coberto pelo seguro, se ele estivesse em vigor”, disse Dorival. Em relação ao seguro de automóvel, o corretor pode oferecer uma cobertura adicional importante: a responsabilidade civil facultativa, que é dividida em três partes (danos materiais a terceiros; danos corporais a terceiros; e danos morais).
Para o especialista, a garantia da responsabilidade civil facultativa, uma cobertura acessória, se torna evidente em casos como o ocorrido em Belo Horizonte. “Se o veículo tem seguro e essa apólice inclui a cobertura de responsabilidade civil facultativa, até o valor contratado pela apólice, a companhia seguradora é responsável pelos prejuízos causados a terceiros”, destaca.
A garantia adicional de responsabilidade civil facultativa tem um custo benefício, de acordo com Dorival. Isso porque ela pode representar apenas de 5% a 10% do valor total de uma apólice de seguro de automóvel. “Por exemplo, se alguém paga R$ 3.000,00 por um seguro, o valor para a cobertura de responsabilidade civil pode ser de cerca de R$ 200 por ano. Esse valor é um investimento pequeno, mas extremamente valioso, para garantir que o proprietário do veículo tenha mais tranquilidade e que possa cobrir eventuais prejuízos causados a terceiros”, explica Dorival.
Em todos os contratos de seguro, o corretor de seguros profissional tem um papel fundamental na intermediação, pois é quem garante que a cobertura seja adequada às necessidades do cliente, incluindo as garantias adicionais. “Ele também ajuda a garantir que o valor do seguro seja justo e que todas as cláusulas essenciais estejam no contrato, para que o empresário não corra riscos desnecessários”, finaliza.
Fonte: CQCS