Regulamentação promete renovar o setor, fortalecendo práticas sustentáveis e atraindo novos investidores
A partir de 2025, as seguradoras brasileiras terão de seguir novas regras para que seus produtos sejam reconhecidos como sustentáveis. A iniciativa, liderada pela Superintendência de Seguros Privados (Susep), busca alinhar o setor de seguros às práticas de sustentabilidade e ao Plano de Transformação Ecológica do Ministério da Fazenda.
O objetivo é que as normas sejam aprovadas ainda em 2024 pelo Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP), órgão responsável por estabelecer as diretrizes da política de seguros privados no Brasil.
A medida é um marco para o setor, que terá a oportunidade de integrar práticas sustentáveis às suas operações, atraindo investidores e confirmando o papel estratégico dos seguros no enfrentamento dos desafios climáticos.
Selo verde é diferencial competitivo
Os produtos que atenderem aos critérios estabelecidos receberão um “selo verde” para representar seu compromisso com a sustentabilidade.
De acordo com Jéssica Bastos, diretora de regulação de conduta e organização de mercado da Susep, o prazo de carência para adaptação das empresas ainda está em discussão. “Estamos trabalhando para construir um cenário que seja viável para as seguradoras e, ao mesmo tempo, impactante para a sociedade”, afirmou.
A regulamentação foi debatida em um grupo de trabalho criado em 2023 e submetida à consulta pública, refletindo o esforço conjunto entre governo, mercado e sociedade civil para impulsionar práticas ecológicas no setor.
Oportunidades no cenário climático
Alessandro Octaviani, superintendente da Susep, destacou a importância da medida para posicionar o Brasil como referência em práticas sustentáveis no mercado de seguros. “Os desafios climáticos representam riscos, claro, mas também grandes oportunidades. O mercado de seguros, com sua escala e papel estratégico, pode liderar a transformação para uma economia mais sustentável”, afirmou Octaviani.
A regulamentação deve estimular as seguradoras a desenvolverem produtos que incentivem práticas sustentáveis, como seguros voltados para energias renováveis, proteção de recursos naturais e gestão de riscos ambientais.
Impactos para corretores de seguros
Para os corretores, a introdução de produtos sustentáveis representa uma oportunidade para diversificar suas carteiras e se posicionar como consultores que promovem a conscientização ambiental. O selo verde pode ser um diferencial na oferta de seguros, especialmente em um mercado cada vez mais atento às questões ambientais e sociais.
Ao preparar-se para as mudanças, os profissionais terão um papel central na sensibilização de clientes e empresas sobre a importância de adotar soluções que unam proteção financeira e impacto positivo para o planeta.
Com o apoio do CNSP, a expectativa é que as normas entrem em vigor no próximo ano, permitindo que o mercado de seguros inicie 2025 com uma nova perspectiva. Para o setor, trata-se de uma oportunidade de combinar inovação, responsabilidade social e sustentabilidade, alinhando-se às tendências globais e posicionando o Brasil como personagem importante na agenda ecológica.
Fonte: Corretora do Futuro