O portal da CNseg publicou entrevista feita com o presidente da Fenacor, Armando Vergilio, durante o o 23º Congresso Brasileiro dos Corretores de Seguros, realizado no Rio de Janeiro. Na conversa com os jornalistas, Vergilio destacou pontos que os Corretores devem manter em foco para continuar liderando a distribuição de seguros no Brasil.

Veja o texto, na íntegra:

Projeto de Lei Complementar n° 143/2024 e as Associações de Proteção Veicular (APV)

Um dos temas centrais do debate durante o 23º Congresso dos Corretores de Seguros foi o Projeto de Lei Complementar n° 143/2024, que já foi aprovado pela Câmara e segue para análise no Senado. O projeto trata da regulamentação das Associações de Proteção Veicular (APVs), criando um novo canal que pode se transformar em uma oportunidade para os corretores, dependendo da regulamentação.

Segundo Vergilio, essa regulamentação exigirá um esforço conjunto entre governo, Susep, seguradoras, corretores e as novas administradoras das APVs.

“A Susep vai precisar de mais investimentos para ter condições de exercer uma supervisão eficaz e garantir a simetria na regulamentação, protegendo assim o consumidor e o mercado”, exemplificou Vergilio

Desafios e oportunidades da regulamentação de Associações de Proteção Veicular (APV)
Embora a regulamentação das associações ofereça a possibilidade de aumentar o acesso ao seguro, também impõe desafios. A comunicação eficaz com o consumidor será essencial, bem como a adaptação dos corretores a esse novo cenário de regulamentação. A simetria regulatória é uma preocupação central, já que é fundamental garantir que as seguradoras tradicionais e as administradoras das APVs sigam regras similares, preservando a confiança do consumidor.

APVs, Transformação Digital e novas tecnologias

Além da regulamentação, os corretores devem ficar atentos à transformação digital que está revolucionando o mercado de seguros. As novas tecnologias estão criando uma dinâmica que exige que os profissionais de corretagem se adaptem e se qualifiquem continuamente para manterem sua relevância.

Setor de seguros: comunicação eficiente e acessível

Vergilio também ressaltou que a comunicação no setor de seguros precisa ser aprimorada. O mercado ainda enfrenta dificuldades em se conectar de maneira clara com o consumidor, e isso pode estar inibindo o crescimento do setor. A linguagem do seguro deve ser desmistificada para alcançar um público mais amplo, tornando a compra de seguros mais acessível e compreensível para todos.

Qualificação contínua: um fator de protagonismo

A contínua qualificação dos corretores foi apontada como um dos principais fatores que garantem a manutenção do protagonismo desses profissionais. Com um mercado em constante evolução, é necessário que os corretores invistam em capacitação para acompanhar as inovações e as novas demandas do setor.

O impacto da autorregulação e da instabilidade econômica
Armando Vergilio destacou ainda a importância da autorregulação para garantir a qualidade dos serviços prestados e proteger o consumidor. Além disso, mencionou que a atual instabilidade política e econômica no Brasil afeta o setor de seguros, gerando incertezas e impedindo novos investimentos, o que pode travar o crescimento do mercado.

Fonte: Fenacor