A capitalização tem um imenso potencial para crescer em bases sólidas nos próximos anos, alavancado por novidades como a utilização do produto como garantia de crédito e nas licitações públicas, entre outros. “A gente está trabalhando em vários modelos de negócios, em várias possibilidades”, afirmou o presidente da Federação Nacional da Capitalização (FenaCap), Denis Morais, em entrevista coletiva para a imprensa, nesta quarta-feira (16).
Segundo ele, outro ponto favorável para o setor é o maior conhecimento da sociedade sobre o que representa a capitalização. Além disso, há um crescente interesse despertado no próprio mercado. Nesse contexto, Morais cita o “Prêmio de Inovação em Seguros”, organizado pela Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), como exemplo. “Há três anos, foram inscritos 08 ou 10 cases relacionados à capitalização. No ano passado, já foram 36. E, em 2024, chegamos a 43 cases sobre capitalização”, pontuou.
Morais frisou ainda que o setor precisa continuar mostrando o que é a capitalização. Até porque essa estratégia vem oferecendo resultados positivos, como demonstra o fato de o produto vir sendo “cada vez mais vendido”.
Outro positivo é a possibilidade de se utilizar a capitalização em diferentes ações. É o caso das promoções realizadas pelas empresas em diversos segmentos comerciais. “Nós podemos trazer para o mercado uma série de promoções que acontecem no dia a dia das empresas do Brasil. Nós temos expertise e somos um mercado regulado. A gente tem uma estrutura para receber isso e para implementar toda a produção operacionalmente”, acentuou.
O presidente da FenaCap também apresentou uma expectativa promissora para o setor em três anos. Segundo o estudo “Estimativa de Potencial de Mercado”, desenvolvido pela entidade no final de 2023 e atualizado agora em outubro, considerando propostas apresentadas no Plano de Desenvolvimento do Mercado Segurador (PDMS) e a nova legislação que permite o uso de Títulos de Capitalização como garantia em obras públicas e licitações, o setor deve chegar a uma arrecadação de R$ 91 bilhões em 2028, três vezes superior à atual.
Em resgates, a previsão é pagar R$ 69 bilhões e, em sorteios, R$ 5,8 bilhões.
Ainda de acordo com o estudo inédito da FenaCap, considerando a projeção de crescimento das arrecadações e dos resgates, a possibilidade é de que as reservas técnicas alcancem R$ 111,4 bilhões, também em 2028. Os resultados positivos são uma prova da versatilidade e da capacidade de inovação da Capitalização ao longo de décadas.
NÚMEROS
O setor de capitalização está completando 95 anos de operação no país. E tem bons motivos para comemorar.
De acordo com a FenaCap, até julho, foram sete meses com resultados positivos e crescimento contínuo da arrecadação.
As reservas técnicas do setor superaram a marca de R$ 40 bilhões, segundo dados da Susep.
Entre janeiro e julho a arrecadação alcançou R$ 17,89 bilhões, um aumento de 5,8% em relação ao ano anterior.
Os resgates pagos à sociedade totalizaram R$ 14,16 bilhões, refletindo um crescimento de 13,5%, enquanto os sorteios somaram R$ 1,06 bilhão, um incremento de 21,3%. Isso significa que mais de R$ 15 bilhões foram incorporados na economia brasileira, um recurso considerável para o consumo das famílias e empresas.
Fonte: CQCS