O primeiro grande apagão da história do Brasil ocorreu em 17 de setembro de 1985. Este evento histórico foi um marco no setor elétrico brasileiro, apontando a vulnerabilidade do sistema de energia do país naquela época.
O apagão afetou principalmente as regiões Sudeste e Centro-Oeste, deixando cerca de 30 milhões de pessoas sem eletricidade por várias horas. A interrupção de energia teve origem em uma falha na Usina Hidrelétrica de Itaipu, a maior do mundo em termos de produção de energia, localizada na fronteira entre Brasil e Paraguai.
O impacto econômico do apagão foi significativo, causando prejuízos para o comércio e a indústria. Empresas interromperam a produção e lojas fecharam mais cedo, resultando em perdas financeiras substanciais. O evento também gerou uma onda de insegurança, com relatos de saques e aumento da criminalidade em algumas áreas.
O apagão de 1985 levou à reavaliação do planejamento e gestão do sistema elétrico nacional. O governo brasileiro e as concessionárias de energia iniciaram uma série de investigações para determinar as causas exatas da falha e buscar soluções para evitar futuros incidentes. Uma das principais medidas adotadas foi a revisão e modernização da infraestrutura de transmissão e distribuição, destacando a necessidade de diversificação das fontes de energia, melhorias na infraestrutura e investimentos contínuos em tecnologia para assegurar um fornecimento de energia confiável e sustentável.
Com o passar dos anos, o Brasil tem feito avanços consideráveis no setor elétrico, aprendendo com os desafios do passado e trabalhando para construir um sistema energético mais resiliente. O apagão de 1985 permanece como um lembrete da importância de um planejamento adequado e da capacidade de resposta rápida a emergências no setor elétrico.
O primeiro grande apagão da história do Brasil
A edição de jul/ago/set de 2021 da Revista de Seguros abordou como o risco de apagões reforça a relevância do seguro.
O seguro para hidrelétricas oferece uma camada adicional de proteção financeira, cobrindo uma variedade de riscos associados à operação dessas instalações. Entre as coberturas mais comuns estão danos materiais causados por desastres naturais, como enchentes e deslizamentos de terra, bem como falhas mecânicas e elétricas que podem levar à paralisação da usina. Além disso, muitas apólices incluem cobertura para a perda de receita decorrente da interrupção das operações, garantindo que as empresas possam manter sua estabilidade financeira mesmo diante de eventos adversos.
Além das coberturas tradicionais, o mercado de seguros está evoluindo para fornecer soluções mais abrangentes e personalizadas para o setor de energia. Esses produtos inovadores oferecem maior flexibilidade e agilidade na liquidação de sinistros, o que é essencial para a rápida recuperação das operações.
O aumento dos apagões ressalta o valor de uma gestão de riscos mais proativa e abrangente no setor de energia. Uma apólice de seguro bem estruturada pode contribuir significativamente para a resiliência das hidrelétricas durante períodos de crise.
Fonte: CNSeg Online