O Clube de Seguros de Pessoas e Benefícios do Estado da Bahia (CSP-BA) realizou, na manhã desta terça-feira (16), mais uma edição do ‘Momento Conhecer’, que, dessa vez, contou com a presença de Edson Franco, Presidente da FenaPrevi, como convidado principal. Além dos corretores que compareceram, o evento também foi transmitido, de forma ao vivo, pela internet. 

Antonio Daniel Mota, Presidente da entidade, destacou que o evento foi, particularmente, importante para o CSP-BA por repercutir o resultado da pesquisa da FenaPrevi com a Data Folha, que registrou baixa contratação de seguros de vida nas regiões Norte e Nordeste. 

No entanto, o estudo também revelou outras informações: “As pessoas reconhecem os medos e riscos a que estão submetidas, como o medo de morrer precocemente, de sofrer uma doença grave ou de não ter como arcar com despesas funerárias”, pontuou. Segundo Mota, a pesquisa também mostrou que 60% das pessoas que têm seguro de automóvel não têm seguro de vida, o que faz refletir: “Será que o carro vale mais que a vida?”, perguntou. 

O presidente da entidade comentou ainda que o CSP assumiu a responsabilidade de liderar a mudança no panorama: “Hoje, mais uma vez, vamos debater esse assunto e mostrar que o CSP Bahia está engajado em transformar esse cenário”. 

O encontro reuniu personalidades do Mercado de Seguros, como Gustavo Doria Filho e Pedro London, respectivamente, fundador e diretor executivo do CQCS. Gustavo contou mais sobre a jornada da maior comunidade de profissionais de seguros do mundo e que, na trajetória, conheceu pessoas que inspiram e que motivam a fazer o melhor. Uma destas pessoas é Edson Franco, que foi homenageado pelo CQCS. 

“Não é apenas o trabalho, o salário ou a remuneração variável no fim do ano; é uma entrega para a federação. É uma jornada de vida, um senso de responsabilidade”, comentou. Gustavo também destacou o trabalho de Edson Franco na Zurich Brasil, que atua como CEO. 

“É uma empresa que demonstra um olhar cuidadoso para o ser humano, refletido nos resultados de uma companhia forte e sólida, que valoriza a inclusão, diversidade e sustentabilidade de forma prática e operacional. Eu não conheço nenhuma outra companhia que trabalhe essas questões tão bem”, afirmou. 

Gustavo ainda homenageou, em nome do CQCS, Solon Barreto, Vice-Presidente Comercial da Alba Seguradora. “Trouxe uma placa para você, para deixar claro para todos que seu sucesso não veio do nada. Solon Barreto, sua dedicação em ampliar o mercado de seguros na Bahia é inspiradora”, disse.

Ao subir no palco e agradecer pelo convite e a homenagem, Edson Franco deixou claro que o objetivo principal do evento seria “fazer um mergulho profundo nos produtos de acumulação: “Também abordaremos o gap previdenciário e o gap securitário em nosso país, especialmente em seguros de pessoas e seguros de vida, com todas as suas implicações”, disse. O executivo também analisou o ponto de vista estrutural dos produtos e da economia brasileira, bem como do ponto de vista conjuntural do momento atual. 

“9% da população acima de 18 anos ter previdência é um número baixo. No Norte e Nordeste, esse percentual é ainda menor, cerca de 7% da população acima dos 18 anos. Isso nos leva a refletir sobre o tamanho da oportunidade que temos”, pontuou. 

Além de apresentar dados, Franco comparou o cenário brasileiro com outros países, destacando os principais motivos pelo gap previdenciário no Brasil: “Em países como Dinamarca, Canadá e Estados Unidos, a relação entre reservas previdenciárias e PIB é maior do que o próprio PIB. Nos Estados Unidos, o total de reservas previdenciárias equivale a 138% do PIB, no Canadá 151% e na Dinamarca 192%. Isso mostra até onde podemos chegar”. 

O presidente da FenaPrevi comentou que os corretores são fundamentais no processo de oferecer, desmistificar ideias e apresentar produtos aos consumidores. Para isso, fazer uma consultoria de riscos para clientes é uma das sugestões que o executivo propõe. Segundo ele, educação financeira em colaboração entre governo, empresas e mercado segurador, e produtos customizados e flexíveis também são essenciais. 

“Do ponto de vista da evolução do marco regulatório de produtos, as coisas estão indo bem. No entanto, o fortalecimento da renda e do emprego é a grande questão macroeconômica estrutural que precisa ser resolvida”, explicou. No entanto, em um esforço coletivo entre governo, legislativo, empresas e Mercado de Seguros, incluindo corretores e seguradoras, para expandir o setor, “devemos trabalhar principalmente na comunicação, que talvez seja o nosso maior desafio: comunicar efetivamente com a sociedade e com nossos clientes”, finalizou Franco. 

Por fim, os convidados presentes puderam tirar dúvidas e dar opiniões sobre o Mercado de Seguros e sobre o cenário da previdência privada brasileira.

Fonte: CQCS