A empresária Gilvana Pires Pereira Tesch e o pai dela, Remi Pereira dos Santos, foram condenados por homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e recurso que dificultou a defesa da vítima, o empresário Arnaldo Tesch, morto a facadas em outubro de 2012 em Santa Maria de Jetibá, na Região Serrana do Espírito Santo. A condenação dos dois saiu na madrugada deste domingo (7), após três dias de júri no Fórum Criminal de Vitória.

Gilvana, mulher da vítima, foi condenada a vinte e dois anos de prisão, e Remi a vinte anos e seis meses. Os dois devem cumprir suas penas em regime fechado.

Os jurados reconheceram que ambos foram os mandantes, além de terem auxiliado na execução do crime.

O Tribunal do Júri do caso começou às 8h de quinta-feira (4), e terminou por volta das 2h30 da madrugada deste domingo.

De acordo com a denúncia feita pelo Ministério Público à Justiça, Gilvana queria se separar de Arnaldo. Como o empresário não aceitava a separação, ela resolveu matá-lo com a ajuda do pai para ficar com o dinheiro do seguro de vida.

“Como não conseguiu a separação, Gilvana convenceu o empresário que fizesse seguros de vida com valores altos em seu nome. Na sequência, teria contado com a ajuda do pai para matar o marido, ficando com o dinheiro do seguro”, informou o MPES.

Na época, a Polícia Civil disse que Gilvana teria sacado R$ 700 mil reais do seguro de vida do marido.

O julgamento dos acusados foi adiado cinco vezes desde que o crime aconteceu. Eles chegaram a ser presos em 2013, mas estavam soltos desde 2016, por meio de alvará de soltura concedido pela Justiça.

O que diz a defesa

Segundo os advogados da defesa dos réus: “A defesa respeita a decisão do Tribunal do Júri, no entanto, vai recorrer, tendo em vista que o resultado do julgamento vai contra as provas dos autos”.

Relembre o caso

Arnaldo Tesch tinha 36 anos na época e foi morto a facadas no bairro Córrego do Ouro. O crime aconteceu no dia 10 de outubro de 2012.

O empresário sofreu após uma emboscada na própria fábrica. Na ocasião, três homens invadiram o local e renderam a vítima e o sogro.

Mas de acordo com as investigações, vídeos do circuito interno de segurança deixaram claro que Remi ajudou os invasores e os levou pra longe das câmeras.

Fonte: G1