Cidadãos brasileiros pagaram R$ 62,5 bilhões em prêmios para os planos de seguro privado no ano passado. O número representa o maior valor real na série histórica do setor, iniciada em 2014, com aumento de 8% em relação a todos os prêmios pagos em 2022, conforme relatório da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi) com base em dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep). As informações do Valor Investe.
Os valores pagos a seguros de vida (individuais e coletivos) representam a maior fatia do montante: 48%. As informações do Valor Investe mostram ainda que os seguros prestamista vêm na sequência, com R$ 62,5 bilhões pagos em prêmios no último ano, correspondendo a 27% do total. Os seguros para acidentes pessoais, com um percentual de 13%, estão em terceiro lugar entre os segmentos mais representativos do mercado em volume financeiro. Além disso, altas foram registradas nos seguintes seguros:
- funeral (23,7%);
- vida individual (20,8%);
- para quadros de doenças graves/terminais (11,5%).
O crescimento até o valor recorde em pagamentos tem pouco impacto no mercado brasileiro. De acordo com o Valor Investe, a participação dos prêmios de seguro do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil é de 0,6%, algo que a Fenaprevi considera menor do que o potencial do mercado. O presidente da entidade, Edson Franco, disse que o país ocupa a 41ª posição no ranking da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) de 2022 em relação ao volume de prêmios de seguro de vida, levando em conta 53 nacionalidades. Ele destacou que países com PIB relativamente próximo ao do Brasil apresentam mercados de seguro de pessoas mais participativos.
A pesquisa da Fenaprevi, ainda segundo o Valor Investe, revela ainda que houve pagamento de R$ 15,1 bilhões em benefícios à população segurada (sinistros), o que resultou em uma alta de 5,7% ao registro de 2022. Ramos de viagem, seguros dotais e doenças graves/terminais registraram crescimento dos pagamentos de sinistros, com aumentos de 58,6%, 18,8% e 17,6%, respectivamente.
Fonte: CQCS