Na noite desta segunda-feira (26), a Escola de Negócios e Seguros (ENS) promoveu o 1º Insurance Mega Trends, um evento on-line, gratuito e que reuniu personalidades do setor de seguros e meio acadêmico para discutir as principais tendências da indústria brasileira de seguros.
Promovidos em salas simultâneas, os debates abordaram as principais tendências para o mercado de seguros em 2024. Os especialistas compartilharam insights sobre Inovação, Direito, ASG, Resseguro, Transformação Digital, Finanças, Open Insurance, Gestão de Riscos, Distribuição, Novos Produtos e outros temas em evidência.
A abertura, na sala principal, foi conduzida pela diretora de Ensino da ENS, Maria Helena Monteiro. Na sequência, o superintendente da Susep, Alessandro Octaviani falou sobre as perspectivas para o setor de seguros em 2024.
Segundo ele, estarão em evidência, quatro macrotendências que serão feitas com muito cuidado, transparência e diálogo pela Susep, sendo elas, uma política de transição ecológica, uma política nacional de acesso ao seguro, uma política nacional de resseguro e por fim, a cibersegurança.
Durante sua fala, Alessandro citou que são poucas economias do mundo que têm tanto potencial de crescimento como a nossa, mas não basta apenas aumentar o acesso ao seguro, tem que se vender algo de qualidade. “Temos que fazer os nossos clientes se sentirem consumidores de fato, temos que ter disciplina jurídica e contribuir com a experiência deles”, destaca.
Após a fala de Octaviani, o debate foi conduzido por Ronny Martins, Gerente de Pós-Graduação e Programas Especiais da ENS. Na ocasião, ele conduziu o Painel Mega Tendências, ao lado de Angélica Carlini, Emir Zanatto, Heverton Peixoto, Manuel Matos, Rodrigo Ventura e Carlos Heitor Campani.
A advogada e professora da ENS, Angélica Carlini, agradeceu a oportunidade e falou que a inteligência artificial vai ser a tendência que mais vai impactar em todas as áreas do seguro privado. “A IA já nos permite identificar novas oportunidades de consumo e criar novos produtos”, pontua. Em relação ao direito, a advogada citou a revisão do Código Civil Brasileiro e finalizou dizendo que precisamos de profissionais cada vez mais capacitados para lidar com todas essas mudanças.
Em seguida, Emir Zanatto, CEO da TEX, mostrou que o corretor de seguros não depende mais das seguradoras para criar soluções. “Hoje, o corretor de seguros é protagonista e oxigena o mercado. Ele está diante das pessoas que desejam contratar o seguro e que também não contratam e isso é muito importante. Quem são essas pessoas? como podemos fazer para adicioná-las ao nosso mercado?”, traz a reflexão.
Rodrigo Ventura, CEO da 88I, compartilhou as tendências em insurterchs e falou sobre a importância da jornada do cliente. “Neste caminho do plano do mercado de seguros, de chegar a 10% da penetração do PIB até 2030, a gente está falando de triplicar o mercado de seguros brasileiros e temos com isso, um desafio que é aumentar a penetração que temos hoje, ou seja, aumentar a base da pirâmide trazendo para o consumo, pessoas que nunca tiveram a oportunidade de ter um seguro e faremos isso através das jornadas digitais”.
Em sua fala, o vice-presidente da Fenacor, Manoel Matos, revelou que agora existe uma nova etapa profissional, impulsionada pela utilização massiva da inteligência artificial. “Ninguém pode prever as consequências disso, estamos produzindo novas tecnologias, redefinindo as economias globais e graças a inteligência artificial conseguimos interagir de forma única com vários clientes. Vivemos um novo momento”, afirma.
Heverton Peixoto, CEO da Omni&CO, trouxe a reflexão que o mercado precisa transformar a forma que gere as pessoas e motiva o time. “Para isso, eu enxergo três megatendências que são fundamentais para o líder do futuro, que são discutir e esclarecer onde queremos chegar. A segunda é, medir o impacto final das nossas ações e por fim, precisamos começar a gerar o engajamento real do nosso time”, explica.
Por fim, Carlos Heitor Campani, professor de finanças, disse que não tem como desassociar os seguros de educação financeira. “Quem atua no seguro tem que saber de finanças, pois pode ajudar até na hora de ofertar um produto. Nós estamos vivendo mais, para muitas pessoas o INSS não vai conseguir provar qualidade de vida e toda essas questões de longevidade são um oportunidade para o setor, principalmente para a oferta de novos produtos”, finaliza.
Fonte: CQCS