Em entrevista ao CQCS, especialista explica como funcionam os processos no caso de seguros mais incomuns, visto que o mercado tem maior abrangência em seguros já bastante conhecidos, como no ramo de vida e carros, como proceder em situações mais exóticas? Nelson Uzêda, Executivo e Professor da ENS dá detalhes dos procedimentos e comenta experiências que já viveu como consultor de seguros.
Alguns exemplos de seguros inusitados, mas que vêm se tornando comuns, são seguros para óculos, que cobrem quebra e furtos, e seguros para animais de estimação, para cobrir doenças ou acidentes, já oferecido no Brasil e com procura cada vez maior.
Os seguros para partes do corpo são singulares, no entanto, já são feitos há décadas. Ainda nos anos 1970, a cantora famosa Dolly Parton, fez seguro para os seios, e nao parou com ela, diversas famosas, inclusive brasileiras, como Claudia Raia, que fez seguro de suas pernas, Carla Perez, ex-dançarina do É o Tchan, também assegurou seu bumbum por milhões de dólares.
Nelson Uzêda, explica como funciona o processo de avaliação de risco, em casos como esses. Ele cita que já tratou com seguros que não têm valor monetário, mas histórico, como as moedas do período imperial. ‘’Nós fizemos um estudo, junto a um corretor, onde foi feita na época, pelo IRB, uma inspeção e laudos, e o segurado apresentou para a seguradora uma avaliação feita por pessoas que lidavam com peças antigas e obras de arte que estipularam valores que foram submetidos à seguradora, que constata se aqueles valores são de fato cabíveis,” Relata o consultor.
Nelson também dá detalhes sobre seguros de parte do corpo, como no caso do dedo do pé de uma bailarina, “Uma bailarina sem o dedo do pé, já começa comprometer a vida dela, pode ser uma invalidez total, então ela faz um seguro onde ela vai solicitar à seguradora, que no caso da perda daquele dedo do pé, ou parte dele, que venha comprometer a sua mobilidade, seja considerado uma invalidez permanente.”
Além disso, o consultor ressalta que os corretores de seguro devem sempre procurar a inovação em suas carteiras, na busca de seguros diferenciados, “É necessário que o corretor diversifique sua carteira, pois as seguradoras estão prontas e cheias de novidades, para crescer mais e rentabilizar os resultados de cada um”, ele ainda acrescenta que seguros de grande porte, como seguros de navios, de grandes máquinas, de agroindústria, deve ser explorado pelo setor.
Fonte: CQCS