A Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNseg) projeta um crescimento de 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2024.
A entidade também prevê que a inflação (IPCA) alcançará a 3,86% e que a taxa básica de juros (Selic) do próximo ano chegará a 9%. A projeção da CNseg de câmbio é que o Dólar fique em R$ 5,04.
Os dados da projeção macroeconômica foram apresentados à imprensa pelo presidente da confederação, Dyogo Oliveira, em São Paulo (SP).
Para o fechamento de 2023, a CNseg estima alta de 3% do PIB, inflação de 4,61% e o Dólar em R$ 4,95.
De acordo com Dyogo Oliveira, o crescimento de PIB refletirá a melhora nos cenários de crédito e de mercado de trabalho, assim como um cenário internacional mais favorável.
“Esse conjunto de fatores nos apontam para uma economia brasileira bem mais forte do que a média do mercado está prevendo. Eu acho que esses outros fatores estão sendo subestimados em outras estimativas”, avaliou o executivo.
Para efeito de comparação, a projeção do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), disponível na Carta de Conjuntura publicada no último dia 20, prevê um crescimento do PIB brasileiro de apenas 2% em 2024. O instituto, vinculado ao governo federal, projeta uma taxa de juros de 9% e o Dólar em R$ 5,00.
Nas “Perspectivas para a macroeconomia em 2024”, o economista-chefe do Banco do Brasil, Marcelo Rebelo, projetou um crescimento do PIB ainda menor: 1%. Para ele, a inflação de girar em 3,9%, já a Selic deve fechar o ano em 9,25%. O câmbio, por sua vez, deve ser de Dólar a R$ 4,95.
Nesta semana, o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV Ibre), em seu Boletim Macro, revisou a sua projeção de crescimento do PIB do Brasil em 2024. Contudo, permaneceu abaixo de 2%, passando de 1,2% para 1,4%.
Setor segurador
Considerando o crescimento de 2,5% do PIB, a CNseg estima crescimento de 11,7% do setor segurador em 2024.
A expectativa para o fechamento de 2023 é que o setor atinja faturamento de R$ 663 bilhões, alta de 10,4%, a maior da história do setor.
Auxílio na transição climática
O setor representa cerca de 6% de participação do PIB brasileiro e pretende chegar a 10% até 2030. Para isso, está investindo em estratégias para ampliar as coberturas, ainda muito baixas. Além de de inovar e diversificar, um dos desafios é popularizar o seguro e sua importância.
A sustentabilidade também está no radar do mercado segurador.
“O tema da sustentabilidade tomou grande represetatividade nesses últimos anos, e a indústria de seguros começa a ser vista como solução”, observou Dyogo Oliveira.
Após participar da COP28, em Dubai, Oliveira diz ter observadi que os participantes estavam convencidos que os danos causados pela transição climática já estão presentes e que se tornarão cada vez mais frequentes.
Nesse cenário, a indústria de seguros tem se colocado como um “caminho de solução”.
“E isso tem sido percebido e o nosso papel cresce nessa seara, não só como oferta de produtos, mas também como oferta de conhecimento, de até uma certa consultoria, porque a nossa especialidade é gerenciar risco e a transição climática significa exatamente isso, aumento de risco”, acrescenta o executivo.
“Então, nós podemos oferecer muito auxílio à sociedade sobre como conviver com a transição climática de uma maneira menos prejudicial”, conclui ele.
Fonte: A Crítica Online – Manaus