De janeiro a outubro deste ano, os aportes em Planos de Previdência Privada cresceram 7,2% em relação ao mesmo período do ano passado. Agora, quase 11 milhões de brasileiros investem para garantir um futuro mais tranquilo para eles e seus familiares. Mas esse número, 5,3% da população, ainda é muito pequeno.
Com o aumento da expectativa de vida, a previsão é que o Brasil tenha mais de 30% da população acima dos 60 anos – daí a necessidade de pensar cada vez mais em um planejamento financeiro de longo prazo. Um Plano de Previdência Privada é fundamental não apenas para complementar a renda ou o valor da aposentadoria pública como também, por suas características, pode ser usado para outros objetivos futuros, como iniciar um novo negócio, lidar com algum imprevisto financeiro ou mesmo garantir um futuro seguro para seus dependentes.
“As pessoas precisam desmistificar a Previdência Privada e conhecer os seus benefícios”, afirma Carlos Gondim, diretor-estatutário da FenaPrevi (Federação Nacional de Previdência Privada e Vida). “Muitas vezes, ela é associada à aposentadoria, mas pode ser também uma forma de proteção financeira para descendentes”, diz. Não à toa, a modalidade para crianças e jovens cresceu 22% em 2022 e é usada por pais, avós e tios para formar uma reserva com o objetivo de custear estudos ou até mesmo como um pontapé para estimular o hábito de poupar.
A solidez das empresas nacionais também impulsiona o setor, na medida em que tranquiliza o poupador e o faz ter mais confiança no mercado. “O Brasil tem uma regulação previdenciária mais rigorosa do que outros países, com uma regra específica e restritiva do ativo oferecido como garantia pelas seguradoras”, afirma Roberto Suarez Seabra, coordenador-geral de Monitoramento Prudencial da Susep (Superintendência de Seguros Privados), órgão que supervisiona e fiscaliza as diretrizes estabelecidas pela normativa do Conselho Monetário Nacional.
A Previdência Privada tem também regras de tributação, alíquotas regressivas menores e apuração de impostos apenas no resgate ou no pagamento do benefício, que permitem uma acumulação de reservas maior no longo prazo, se comparado a outros instrumentos financeiros.
O ambiente do open insurance deve intensificar a disponibilidade de informação e abrir a possibilidade de ofertas cada vez mais personalizadas e aderentes às necessidades de cada cliente em seu ciclo de vida.
Fonte: UOL Notícias