A Porto registrou lucro líquido recorrente de R$ 621,1 milhões no terceiro trimestre, um crescimento de 127,7% comparado ao mesmo período do ano passado. No acumulado dos primeiros nove meses, o lucro líquido recorrente foi de R$ 1,62 bilhão, aumento de 180,3% frente ao mesmo intervalo de 2022. A receita total da Porto registrou crescimento de 13,3% no terceiro trimestre em relação ao ao mesmo período do ano passado, para R$ 8,3 bilhões, e de 18,8% de janeiro a setembro, para R$ 23,2 bilhões. O retorno sobre o Patrimônio Médio (ROAE) recorrente anualizado foi de 22,1% no 3T23 e de 19,3% no 9M23.
“Registramos um bom resultado positivo em todas as verticais de negócios – Porto Seguro, Porto Saúde e Porto Bank”, destacou o CEO Roberto Santos em conversa com o Sonho Seguro. Segundo ele, os investimentos na busca pela eficiência operacional tem contribuído bastante para o resultado, assim como o uso de inteligência para precificar melhor os seguros e fazer uma oferta sob medida e na hora certa para o cliente.
“Temos tecnologia que verifica a conversão de vendas por corretor, por CEP, por região, por veiculo, que nos ajuda a precificar melhor nossos produtos, o que agrega muito valor ao nosso resultado. A companhia registrou a marca de 15,8 milhões de consumidores de seus produtos e serviços no período, com avanço na expansão orgânica dos negócios e incorporação dos clientes da CDF.
“Estamos crescendo porque estamos mais eficientes e isso nos ajuda a ter um custo melhor. Com o seguro mais barato, a população tem mais acesso ao produto e este é um círculo virtuoso que vai nos ajudar a popularizar o setor alcançar os 10% de participação do PIB até 2030 como estima o estudo realizado pela CNseg”, disse Santos, que é o presidente do conselho da confederação das seguradoras.
A estratégia do grupo de ter o cliente no centro do negócio, separado a empresa em verticais de negócios e investir no rebranding da marca foram mudanças significativas e que impulsionam os resultados, como o lucro recorde deste ano até setembro. Em 2018, conta, a Porto tinha 1,3 negócio por cliente. “Este número subiu para 1,8 porque fazemos ofertas orquestradas para o cliente certo na hora certa”, ressalta.
Para Santos, proporcionar uma jornada simples, ágil e resolutiva para o consumidor é certamente um fator decisivo para a manter os clientes dentro de casa. E melhor, recomendando a companhia para amigos. “Nosso NPS é de 77% em seguro de carro e de 78% no seguro residencial”, informa. Um dos destaques desta jornada, cita, é o super APP. “Tínhamos 16 aplicativos no passado. Hoje temos um aplicativo que engloba todos os produtos, de onde vem 42% dos acionamentos para a companhia porque fizemos um app que agrada o cliente”, orgulha-se.
Em relação às questões climáticas, como os fortes ventos que trouxeram perdas relevantes para uma parcela da população de São Paulo sem energia, Santos afirma que a Porto já precifica esses eventos naturais. “Somos a maior seguradora do Brasil em seguros de carro, residência e seguros empresariais para PME. Com o risco precificado e tendo uma carteira muito grande, o impacto das perdas não nos machuca. Pode ficar concentrado em um mês, mas se dilui ao longo do ano”.
O retorno sobre as aplicações financeiras (ex-previdência) geridas pela tesouraria da companhia foi de R$ 295,2 milhões no terceiro trimestre, o que representa uma rentabilidade equivalente a 79% do CDI. No terceiro trimestre, a rentabilidade menor do que o CDI foi explicada principalmente pelo impacto do carrego dos títulos atrelados à inflação, enquanto as alocações em títulos de crédito privado contribuíram positivamente. Em relação ao mesmo período do ano passado, o resultado financeiro aumentou 28,8%, atingindo R$ 187,2 milhões.
O índice de eficiência operacional recorrente, que leva em consideração a soma das Despesas Administrativas em relação a Receita Total, melhorou 1,4 p.p (vs. 3T22), decorrente dos ganhos de produtividade observados no período.
Na Porto Seguro, vertical que responde pelos produtos de seguros, os prêmios trimestrais cresceram 8,6% e os prêmios acumulados até setembro avançaram 15,1%. A principal carteira da companhia, o seguro automóvel, registrou alta de 7,3% nas vendas, com incremento de mais de 200 mil veículos na frota, que atingiu 5,9 milhões de carros segurados.
Os prêmios dos seguros patrimoniais expandiram 16,4%, explicado principalmente pelo crescimento de 25,6% dos seguros residenciais no trimestre, beneficiado pela aceleração das vendas no canal bancário, e pela manutenção do alto crescimento dos seguros empresariais (+20,2% vs. 3T22).
O seguro de vida registrou aumento de 12,2% no terceiro trimestre, alavancado em maior parte pela expansão dos seguros de vida individual e viagem. A vertical encerrou o trimestre com 13,7 milhões de itens/vidas vigentes, com destaque para o incremento de 610 mil clientes no seguro de vida.
O índice combinado da vertical Seguros ficou em 84%, melhora de 12,6 pontos percentuais, explicado principalmente pela redução na sinistralidade do auto, decorrente do aprimoramento na subscrição de riscos, aumento no controle de sinistros, recomposição tarifária e evolução mais favorável no preço dos carros exemplificado pela redução no valor de tabela FIPE, diminuindo a pressão sobre os custos dos sinistros.
A Porto Saúde teve um aumento consistente de 38,5% nas receitas em relação ao terceiro trimestre do ano anterior, chegando a R$ 1,2 bilhão, com boa parte justificada pelo crescimento por conquista de novos clientes e reajuste de preço. O lucro líquido foi de R$ 37,5 milhões, número recorde para o período, e o acumulado do período de nove meses e alcançou a marca de R$ 133,9 milhões, com ROAE de 24.1%.
A vertical chegou a 510 mil beneficiários pelo país (+23,5% vs 3T22), no 12º trimestre consecutivo de crescimento em vidas. O aumento foi de 97 mil vidas em relação ao 3T22 e 48 mil vidas em relação ao trimestre imediatamente anterior, sendo o maior crescimento percentual de vidas no seguro saúde na série histórica recente.
“A Porto não atua com seguro individual de saúde. Apenas empresariais e mesmo assim em apenas três regiões: São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. Também temos quebrado o paradigma que para ser rentável em saúde tem de verticalizar a operação, como ter hospitais, para controlar custos. Não verticalizamos e temos um bom resultado com a boa gestão de parcerias com médicos e hospitais e com o uso de inteligência artificial para o controle e prevenção de fraudes”, afirma Santos.
A sinistralidade do terceiro trimestre entre o combinado seguro Saúde e Odonto foi de 80,3%, uma melhora de 8,1 pontos percentuais quando comparado ao mesmo período do ano anterior e de 2,3 p.p em relação ao 2T23. O resultado é consequência das iniciativas de adequação tarifária, ações para redução de fraudes e melhoria na subscrição de riscos aplicados pela vertical. Com uma sinistralidade em torno de 80%, a Porto Saúde retornou a patamares muito semelhantes a níveis pré-pandemia mais rápido do que a média de mercado.
No Porto Bank, vertical de negócios financeiros, as receitas totais superaram R$ 1,2 bilhão, o que representa uma alta de 12,7% em relação ao 3T22, com ênfase para o crescimento de 23,5% nas receitas de Consórcio e para o incremento de 111 mil negócios na Vertical (vs. 3T22). O foco na gestão de risco e melhor qualidade da carteira de crédito continuam sendo pilares para o crescimento sustentável. Em relação às operações de crédito, a inadimplência acima de 90 dias encerrou em 7,4%, reduzindo 0,1 p.p v.s. 3T22 e abaixo da média de mercado.
Em Outros Negócios, as receitas atingiram R$ 197,6 milhões no trimestre (+33,6% vs. 3T22). A companhia segue com a agenda de integração da CDF, com o objetivo de maximizar as sinergias de custo da operação e de começar a se beneficiar do ecossistema da Porto para alavancar os negócios.
Fonte: Sonho Seguro