Diante da série de desastres climáticos extremos recentes, seguradoras que atuam no Brasil enviaram ao ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, uma proposta de projeto de lei para a criação de seguro obrigatório para catástrofes da natureza. A proposta foi elaborada pela Confederação Nacional das Seguradoras (CNSeg) e pode incluir problemas causados por chuvas, como os que começaram mês passado em Santa Catarina e continuam afetando o Estado; e também perdas por secas.
O movimento começou após o desastre com as chuvas no Rio Grande do Sul. A cobertura seria para danos materiais e auxílio funeral enfrentados por famílias. Os valores para danos materiais para cada residência foi estimado entre R$ 15 mil e R$ 20 mil. E para auxílio funeral, R$ 5 mil.
A sugestão inicial é cobrar R$ 2 por família ao mês. Como é um valor baixo, seria cobrado na conta de luz. A proposta da confederação das seguradoras é que a cobrança seja somente para famílias que residem em áreas de risco climático, como chuvas fortes, alagamentos e secas. Famílias cadastradas nos programas de baixa renda do governo federal seriam isentas.
Existe um projeto tramitando na Câmara dos Deputados desde maio de 2022, com objetivo semelhante. Também foi elaborado a partir de sugestão da Confederação Nacional das Seguradoras. A entidade fez essa nova proposta recente ao ministro porque acredita que pode avançar mais rápido do que o projeto que está tramitando no legislativo.
A série de eventos climáticos extremos dos últimos anos, mostra que será preciso investir em seguro para enfrentar desastres naturais, além de outras medidas preventivas que vão desde reduzir o aquecimento global aos investimentos preventivos contra catástrofes de um modo geral.
Catarinenses contratam mais seguros imobiliários
Embora os seguros atuais para imóveis residenciais e empresariais não tenham coberturas para perdas com alagamentos e chuvas, os catarinenses estão investindo mais em seguros imobiliários.
Segundo levantamento da confederação, no acumulado de janeiro a setembro deste ano, o seguros feitos por condomínios residenciais e empresariais somaram R$ 887,4 milhões, 59,1% mais do que no mesmo período do ano passado.
Os seguros para imóveis cobrem uma série de danos, desde perda total por incêndio e desastre por vendavais, até perdas internas de residências como quebra de eletrodomésticos ou danos de vazamentos internos.
Um imóvel levando por um ciclone, por exemplo, pode ter cobertura total. As seguradoras deixaram de incluir coberturas para danos com chuvas porque eles se tornaram frequentes no Brasil e esse tipo de operação ficou inviável, com pesados prejuízos para as empresas.
No caso de seguro para automóveis, existe cobertura total para perda quando o veículo fica totalmente submerso em águas devido a enchente.
Fonte:NSC Total | Colunistas