“O mercado de seguros é grande, mas está distante de alcançar o potencial que tem. Isso ressalta a necessidade de investirmos em educação financeira. Temos que explicar a importância do seguro e da previdência privada”. A avaliação é do presidente da Rio Grande Seguros e Previdência, César Saut, ao apresentar a campanha A Cigarra e a Formiga, focada em promover educação financeira para o público infantil. Com a proposta, a seguradora pretende conquistar 10 mil novas adesões entre os dias 25 de setembro e 13 de outubro, quando se encerra a promoção.

Funciona assim: ao adquirir um seguro de vida individual ou empresarial e coberturas de proteção familiar pelos correntistas do Banrisul, o contratante recebe um kit com bichinhos de pelúcia das personagens da fábula e um livro da história A Cigarra e a Formiga, escrita pelo filósofo Esopo na Grécia Antiga e diversas vezes adaptada no decorrer dos séculos. Na história, a Formiga, que trabalha durante o verão, consegue descansar no inverno. Já a Cigarra, que apenas se divertiu no verão, passou por maus bocados durante a estação de frio.

“O objetivo é ajudar as pessoas a ter disciplina. No verão, se preparar para o inverno. Na juventude, se preparar para a velhice. A fábula resistiu ao tempo. É um instrumento para que crianças entendam a necessidade de plantar no presente para colher no futuro”, explicou Saut. A aposta da empresa é que os pais poderão explicar para os filhos a necessidade de proteção e planejamento. “Estarei explicando para o meu dependente financeiro um pouco desse ciclo virtuoso que é se preparar para o amanhã, só que de uma maneira lúdica”, exemplificou.

Segundo o presidente da Rio Grande Seguros e Previdência, joint venture entre o Banrisul e a seguradora Icatu, a ideia é investir cada vez mais em campanhas de cunho educacional. “Queremos comunicar propósito. O seguro é proteção da sociedade, são pessoas protegendo pessoas. Temos que explicar a importância do seguro e da previdência. Não é que a pessoa não faça previdência porque não quer, mas porque ela não se apercebe da importância, são mercados que podem dobrar ou triplicar de tamanho”, considerou Saut. Segundo ele, no Brasil, o mercado de seguros movimentou, ano passado, cerca de R$ 60 bilhões, mas poderia ter movimentado R$ 200 bilhões. Já o da Previdência fechou em torno de R$ 1,2 trilhão, mas poderia ser quase R$ 3 trilhões de reserva.

Para ele, boa parte deste cenário pode ser explicada pelo contexto histórico do Brasil. “Tivemos período inflacionário. Nesses momentos, tu te preocupas pouco com o amanhã e muito com o hoje. Enquanto sociedade, nos esquecemos como nos preocupar com o futuro, isso faz crescer nosso prazer com o consumo imediato, é mais agradável consumir hoje do que me preparar para o amanhã”. Apesar disso, Saut acredita que depois da pandemia de coronavírus, as pessoas passaram a se preocupar mais com a prevenção. “Estamos voltando a buscar o equilíbrio. Quem estava preparado, passou pela pandemia com mais tranquilidade. Então, considero que é um momento muito bom para ocupação do mercado de seguros, precisamos aliar educação e conscientização”, disse.

 

Fonte: Jornal do Comércio RS – Online