O setor de seguradoras apresentou um bom desempenho em 2022, com aumento de 18,73% na receita líquida em relação a 2021. No total, as 57 empresas avaliadas em MELHORES E MAIORES fecharam 2022 com receita líquida de 269,8 bilhões de reais, ante 227,2 bilhões de reais registrados no ano anterior. O lucro somado setorial foi de 86 bilhões de reais, com margem líquida de 31,9%.
A Brasilprev foi a companhia com melhor desempenho no ano passado, com receita líquida de 52,8 bilhões de reais, quase o dobro da segunda colocada, a Porto, que teve 27,9 bilhões de reais. A SulAmérica Seguros ficou em terceiro lugar, com receita líquida de 21 bilhões de reais.
Segundo dados da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), entidade que congrega as empresas que atuam no mercado brasileiro, o bom desempenho verificado em 2022 foi impulsionado pelo aumento expressivo na procura dos seguros para viagem (aumento de 166,7% em relação ao ano anterior, muito por causa da retomada dos deslocamentos pós-pandemia), rurais (39,5%), de automóveis (32,9%), de transportes (25,1%) e patrimoniais (21,3%). O setor de seguros como um todo (excluídos DPVAT e saúde suplementar) encerrou 2022 com o pagamento de 219,4 bilhões de reais em indenizações, resgates, benefícios e sorteios, 16,07% mais do que foi pago em 2021, segundo números da CNseg.
Sentimento para este ano é de otimismo
Para este ano, os resultados também são considerados positivos e o sentimento é de otimismo para o fechamento com boas notícias. A CNseg projeta um crescimento geral de 11,1% para o setor de seguros em 2023 e de 9,8% em 2024.
“O aumento da confiança empresarial ocorreu pela possibilidade de melhora do ambiente econômico no segundo semestre do ano. A indústria passou a apresentar expectativas mais favoráveis no horizonte de seis meses, além de maior propensão a contratações”, explica Dyogo Oliveira, presidente da CNseg. “Para os consumidores também houve melhora da percepção, principalmente quando analisamos os incentivos governamentais para a aquisição de carros novos e as possibilidades de utilização da previdência como garantia de crédito”, completa o executivo.
Segundo Oliveira, porém, o desemprego e a renda ainda são desafios nos casos de produtos que têm o objetivo de acumular reservas, como os planos de previdência e os títulos de capitalização.
Fonte: Exame.com