Quatro pessoas foram presas nas cidades de Anadia e Rio Largo, suspeitas de participar de um esquema que forjava acidentes para dar entrada e receber o seguro DPVAT. Entre as pessoas detidas, está um agente socioeducativo que atuava na Unidade de Internação Masculina (UIM), em Maceió. Os outros três já trabalharam como agentes penitenciários terceirizados.
Segundo a gerente da Polícia Judiciária Metropolitana, delegada Ana Luíza Nogueira, o grupo vinha atuando nas cidades de Rio Largo, Anadia e na capital desde 2013.
Foram presos David Alves Clemente, de 31 anos, que tem passagem na polícia por estelionato e é apontado como o líder do grupo; Adelson Clementino da Silva Neto, de 33 anos, que já responde por porte e posse ilegal de arma de fogo; Arthur Silva Araújo Neto, de 27 anos, e o agente socioeducativo Cristiano Cordeiro da Silva, de 38 anos.
As investigações que resultaram nas prisões foram conduzidas pelo delegado de Rio Largo, Manoel Acácio, após receber uma requisição do Ministério Público Estadual (MPE/AL) para que fosse instaurado um inquérito para apurar a fraude.
Segundo a polícia, o grupo angariava pessoas nas cidades onde o golpe era aplicado para que elas fingissem ser as vítimas dos acidentes. Eles falsificavam boletins de ocorrência, relatórios de perícia e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e davam entrada no seguro e, quando recebiam o valor – cerca de R$ 13 mil – repassavam uma parte para a suposta vítima.
O delegado responsável pelo caso ressalta que as investigações continuam e que não está descartado o envolvimento de pessoas que trabalham em seguradoras no esquema. As “vítimas” dos falsos acidentes também serão investigadas.
Todos os presos vão responder por estelionato. Além desse crime, Cristiano também foi autuado por falsidade ideológica, já que ele estava usando uma carteira falsa de identidade de agente.
Fonte: Gazeta Web