Motivados pelo agravamento da disponibilidade dos recursos hídricos no Brasil e, particularmente, em São Paulo, a CNseg e o Grupo de Trabalho de Mudanças Climáticas da Comissão de Sustentabilidade promoveram uma pesquisa sobre a gestão da água nas seguradoras associadas e entre seus stakeholders..
Ao todo, foram 20 empresas respondentes, de todos os seguimentos, representando aproximadamente 80% dos prêmios diretos arrecadados pelo mercado segurador brasileiro em 2014.
Contendo nove perguntas, divididas entre cinco subseções, o questionário enviado eletronicamente abordou os temas: ações de comunicação, ações internas de infraestrutura, ações no produto, estratégia hídrica e gestão de fornecedores.
Entre as conclusões, observa-se que 95% das empresas já haviam desenvolvido campanhas de engajamento para economia de água, sendo que 100% delas já haviam implementado sistemas ou instalado equipamentos de controle e/ou redução do consumo em suas instalações.
Já em relação a planos de contingência para caso de falta de água, 75% das empresas estão preparadas, tendo avaliado, a autonomia das caixas d’água e poços artesianos, entre outras ações.
Atentas aos riscos, as seguradoras voltam-se gradativamente também para as oportunidades e 30% delas já desenvolveram algum novo serviço, produto ou benefício para seus clientes em função da crise hídrica como, por exemplo, a oferta de lavagem a seco para automóveis e de consultoria sustentável gratuita com dicas e orientações para economia de água.
Entre as conclusões da pesquisa, identifica-se que a crise hídrica brasileira, amplamente divulgada nos noticiários em 2014, foi um importante catalizador para o engajamento mais ativo das empresas em relação à questão, apesar dos diferentes níveis de desenvolvimento apresentados. Outra interessante constatação foi que as ações de prestadores, fornecedores e outros atores da cadeia de valor não são desconsiderados nas estratégias de gestão de recursos hídricos da maioria dos respondentes.
Fonte: CNseg