O 20º Encontro de Líderes do Mercado Segurador, evento promovido pela CNseg de 5 a 8 de fevereiro, na Bahia, confirmou o compromisso do setor em servir cada vez melhor seus segurados, ratificou papel em prol do crescimento do País, tendo em vista o chamamento do governo federal nesse sentido e a condição de investidor institucional da indústria, e colocou sob a mira dos holofotes alguns dos problemas que se avizinham da atividade, como os bônus e ônus da longevidade para os mercados de Saúde Suplementar e de Previdência Privada, por exemplo. Ou o recrudescimento da violência para Seguros Gerais e os impactos do baixo crescimento econômico na trajetória de crescimento dos títulos de Capitalização.
Cerca de 200 executivos de seguradoras, de empresas de Previdência e Vida, de Capitalização e de operadoras de Saúde Suplementar, de órgãos de supervisão dos mercados (ANS e Susep), ao lado de autoridades dos Três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário), debateram os principais problemas setoriais e macroeconômicos atuais. Todos empenhados em construir propostas para o crescimento sustentável dos mercados de seguros, previdência, capitalização e saúde.
Pela primeira vez, o evento reuniu os presidentes das quatro federações (FenSeg, FenaPrevi, FenaSaúde e FenaCap), destacou o presidente da CNseg, Marco Antonio Rossi, lembrando que, inicialmente, a reunião era privativa da FenaPrevi. “Temos nossas quatro federações presentes aqui. Uma pensa na sorte; outra, na saúde; outra, na longevidade; e outra, nos acidentes e riscos. Mas todas têm algo em comum: a paixão pelo que fazem”, assinalou ele.
Ainda em discurso na abertura da solenidade, o presidente da CNseg, Marco Antonio Rossi, disse que o mercado tem o compromisso de atender os segurados e o comprometimento com o desenvolvimento do Brasil, sobretudo após a convocação feita nesse sentido pelo governo federal.
Marco Antonio Rossi destacou a participação dos representantes do governo federal – o ministro da Saúde, Arthur Chioro, e o secretário executivo do Ministério da Fazenda, Tarcísio Godoy – e do Judiciário – o ministro Luiz Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal. Também agradeceu a presença dos representantes dos órgãos de supervisão do mercado (Susep e ANS), de diretores da CNseg e dos presidentes das quatro federações, além de políticos e os palestrantes (Além de Arthur Chioro, Tarcísio Godoy, Luiz Roberto Barroso, o secretário de Segurança Pública do Estado do Rio, José Mariano Beltrame; a demógrafa Ana Amélia Camarano; o economista Sergio Besserman; o engenheiro Moacyr Duarte; Roberto Westenberger, da Susep; Carlos de Paula, diretor superintendente da Previc; diretor da ANS, José Carlos Abrahão; o economista Luiz Roberto Cunha, da PUC; e os presidentes da FenSeg, Paulo Marraccini; da FenaPrevi, Osvaldo do Nascimento; da FenaSaúde, Marcio Coriolano; e da FenaCap, Marco Barros).
Rossi assinalou ainda que, 20 anos depois do primeiro encontro da Bahia, o mercado segurador teve profundas transformações. Nesse período, sua participação em relação ao PIB saltou da faixa de 1% para 6%, exemplificou. “O mercado cresceu, se transformou e conseguiu construir uma história de sucesso e de compromisso com o Brasil”, acrescentou ele.
O presidente da CNseg manifestou satisfação com a nova política econômica do País, que tem entre seus objetivos, fortalecer o mercado segurador para tê-lo como um indutor do crescimento econômico, a partir da utilização de suas reservas técnicas. “Isso tudo faz com que o mercado de seguros tenha a oportunidade, não de encaminhar pedidos, mas sim de demonstrar como podemos contribuir para o
crescimento do País, nesses três dias de debate”.
Também destacou a presença da cúpula das principais empresas dos mercados de seguros, previdência, capitalização e saúde no 20º Encontro de Líderes. “Mais do que concorrentes, somos aliados em construir um mercado mais sólido e estruturado, porque não há um regulador forte, um país forte, se não houver também um mercado de seguros forte”, declarou.
O superintendente da Susep, Roberto Westenberger, e o diretor da ANS, José Carlos Abrahão, participaram da solenidade de abertura, ratificando o momento favorável para o mercado. Westenberger disse que o mercado segurador está apto a alcançar sua terceira onda de crescimento, porque conta com interlocutores no Ministério da Fazenda e, naturalmente, na Susep, com expertise em seguros. Já Abrahão demonstrou sensibilidade para corrigir algumas das disfunções da regulamentação do setor. “Vivemos um momento bastante propício para termos a coragem e a determinação de rediscutir alguns pontos da regulamentação de saúde suplementar”, afirmou.
Fonte: CNSeg