Estudo da Federação Nacional de Saúde Suplementar (Fenasaúde) mostra que no Brasil há uma relação direta entre o aumento do emprego formal e a adesão a planos de saúde, tanto médicos quanto odontológicos. Enquanto, por exemplo, entre março de 2012 e março de 2014, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontava avanço de 3,6% na população ocupada, o número de beneficiários de planos médicos dava salto 8,3% em idênticos 24 meses.
No período analisado, O IBGE aponta que o Norte registrou maior aumento de população ocupada. O mesmo foi verificado nos números levantados pela Fenasaúde, que revela ter observado na região um dos maiores crescimentos no número de beneficiários de planos de assistência médica: 13,8%.
O estudo, elaborado com base na evolução do número de beneficiários da saúde privada e na queda do desemprego, mostra ainda que o Centro-Oeste apresentou incremento de 5,7% da população ocupada e 19,1% em vidas assistidas.
Planos dentais
Para a Fenasaúde, esta é uma tendência que pode ser mantida com padrões sustentáveis de crescimento econômico. De acordo com a entidade, a competição entre as empresas por mão de obra faz com que os benefícios sejam diferenciais para retenção de empregados, principalmente para pequenas e médias empresas.
O mesmo cenário se projeta para planos odontológicos, segundo o estudo. O número de beneficiários aumentou 19,7%, do primeiro trimestre de 2012 para o mesmo período de 2014.
Já dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), referentes a junho de deste ano, revelam que o número de beneficiários dos planos de assistência médica cresceu 3,7% em relação a igual período de 2013, totalizando 50,9 milhões de brasileiros cobertos pelo setor privado de saúde. Na avaliação da Fenasaúde, o crescimento está dentro do esperado para o segmento, que deve fechar o ano com expansão próxima de 3%.
Nos últimos 12 meses fechados em junho, o mercado de saúde suplementar absorveu 1,8 milhão de beneficiários nos planos de assistência médica, o que revela o setor ainda passando ao largo da desaceleração da economia brasileira.
Fonte: Jornal do Commercio – RJ